Em 2005 ele chegou. A principio era Nicolas. A irmãzinha dele era Nicole, e como eram gêmeos, seriam Nicole e Nicolas. Mas a casa era de uma família corinthiana, e então o mais novo “bebê” tornou-se Tevez. E o nome combinou com ele... Tevez era doidinho, fazia barbaridades. Corria, chorava... Trombava em tudo! Era mimado por todos naquele lar, que desde então passou a ser dele também. Tico, Chico, Titico, Príncipe, Pitiquinho... Quando a gente se depara com uma vidinha daquelas olhando nos nossos olhos tentando dizer “eu te amo e preciso de você”, a razão desce pelo ralo junto com a tristeza e ficamos bobos; cegos de amor.
Ele enfrentou alguns problemas de saúde: era hipertenso, tinha hepatite e problemas estomacais. Mas nunca foi um mau cachorro. Adorava comer comida de gente. Latia feito louco toda manhã. Não gostava de colo e ficava rabugento quando o pegávamos. Mas se estivéssemos cabisbaixos, ele era o primeiro a pular e lamber o nosso rosto “vou estar aqui sempre, meus donos”.
Ao contrario da Nick, ele nunca fazia desaforos. Já ficamos muito bravos com ele: ninguém gosta de ter um lixo revirado no meio da cozinha. Mas ele estava sempre lá, a sorriamos todas as vezes que notávamos a presença dele.
Semana passada compramos uma roupinha azul, e tinha uma toquinha. Era uma espécie de “moleton”, para que ele não passasse frio. Ele ficava lindo vestido daquele jeito... Estava sempre lindo. E nos seus últimos dias, ele estava diferente, parecia saber que viria nos deixar.
Sexta feira, três horas da tarde, e ele foi atropelado... Eu e meu pai lutamos junto com ele, até chegarmos ao hospital de uma cidade vizinha. Fizemos 70 km em 20 minutos. Aquela vida dependia mais do que nunca da nossa ajuda esforço. O tempo foi nosso inimigo, e ele se foi. Porém foi dignamente, partiu como herói. Um verdadeiro campeão: lutou até seu ultimo suspiro. Ouvia seu nome, e latia para responder nosso chamado. Mas ele era pequeno, frágil e indefeso.
Agora, o Tevez é uma estrela, um anjo, um protetor... Não sei ao certo, mas ele fará uma falta imensa.
Tico, nós te amamos, e sempre vamos te amar. Sua irmã, Nick e o seu “irmãozão”, Léo irão sentir sua falta demasiadamente.
O “papai, mamãe, tato e tata” sofrerão bastante, mas é assim que acontece quando um ser especial parte.
(Hoje eu tenho certeza que a saudade é o pior sentimento que existe.)
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