eu não precisei
de nada...
de dinheiro, eu não precisei.
de carro, eu não precisei.
tomei por conta uma jaqueta,
um isqueiro,
um cartão,
e a minha emoção.
não precisei de você
para sorrir nessa noite
nem precisei ouvir
o que deveria...
não precisei de juízo
não quis abrir os olhos
para a tua vidinha
só recebi a noitinha fria
de braços e olhos
arregalados.
precisei de uma mão
para segurar dois copos.
precisei da mão alheia
para me abrir a porta.
precisei de bons ouvidos
para sentir o som
negro, funk, jazz
rondando meu cérebro
efeito mais profundo
do que qualquer droga
que você exige
para a sua vidinha.
nem de poesia eu fiz questão
pois a que me interessava
estava no ar
solta, cheirando a bueiro
na noite de São Paulo...
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