Ah, a malandragem...
A malevolência.
O jeito de andar jogado.
O desequilíbrio entre os pés e as mãos...
Usam constantemente a malandragem como se soubessem manuseá-la. Querem enfiar a mão por dentro do decote alheio a qualquer custo.
[não sentem vergonha disso]
A arma mais perigosa que um falo espertinho pode possuir.
E eu, que depois de aprender a mentir para os homens, peguei essa ação desumana como regra: gosto de menininhos indefesos que se acreditam muito poderosos. Se meus quadris acompanharem a dança lenta desses pés, o gozo será imediato. Haverá uma invasão de suor
e rios de cabelos nos travesseiros do Bob Esponja
e cuecas minúsculas caídas pelo chão do quarto
e camisinhas refrescantes (ora aquelas que esquentam)
e cadarços segurando as bermudas largas daqueles corpinhos sem bunda
e pílulas do dia seguinte.
Não. Não há nada mais doce.
[não posso enxergar, onde está?]
Nada é mais açucarado do que aquela voz tentando escalar a minha suposta grandiosidade intelectual,
a minha falta de vergonha,
a minha necessidade de afronta,
o meu ataque mais letal: a capacidade de enganar.
[olhos balouçantes, molengos]
{quentes}
São ventríloquos. Na minha mão, são ventríloquos. Para os quais eu conto historias
[mas antes disso, ouço historias desinteressantes só para ver naqueles olhinhos a felicidade por estarem enchendo a mulher amada de curiosidade.]
para os quais eu dou meus ombros afim de que repousem ofegantes.
Moleques são mais amorosos. Eles não tentam dar uma aula sobre o bouquet daquele vinho Frances,
[que eu costumo roubar no Pão de Açúcar, sempre acompanhada de um molecote gentil]
ou sobre o quão difícil é sair de casa, pois eles já passaram por isso.
Eles querem, incessantemente e somente, arrancarem risos eufóricos da minha garganta.
Eles querem fazer careta ao embeber meu Royal Salute.
Eles querem me provar, por tudo aquilo que é mais sublime no mundo, que:
The Doors > Led Zeppelin.
. . .
Apaixonantes.
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