terça-feira, 30 de junho de 2009

existem dois tipos de pessoas no mundo: os preocupados, e os alienados.
ser aparentemente "bem resolvido" socialmente é um troféu a ser carregado por todos os seres humanos normais. afinal, já dizia o mestre "é impossível ser feliz sozinho". mas irrevogavelmente, a felicidade só é encontrada quando estamos completamente sozinhos, diante de nosso corpo e alma.

seja inteligente, ou seja gostosa (o): mentira!
mas geralmente as gostosas são as "loiras burras", "marias gasolina", siliconadas... tamanha ignorância, Deus! "afasta de mim esse cálice!". já as inteligentes tem umas gordurinhas sobrando, filosofam demais e se preocupam demais. "sai dessa menina, você é melhor do que imagina." garanto que você geme melhor e não tem hora para parar de ser feliz... tira essa mascara!

que puta escolha a se fazer... as vezes escolhemos sermos bonitos, bêbados e pagodeiros. outras optamos por ouvir boa musica, ler jornais e usar tênis por todo o tempo.

sinceramente não sei qual é a melhor saída.
"tô encurralada!"

seja gostosa, ou morra sozinha.

sábado, 27 de junho de 2009

Em 2005 ele chegou. A principio era Nicolas. A irmãzinha dele era Nicole, e como eram gêmeos, seriam Nicole e Nicolas. Mas a casa era de uma família corinthiana, e então o mais novo “bebê” tornou-se Tevez. E o nome combinou com ele... Tevez era doidinho, fazia barbaridades. Corria, chorava... Trombava em tudo! Era mimado por todos naquele lar, que desde então passou a ser dele também. Tico, Chico, Titico, Príncipe, Pitiquinho... Quando a gente se depara com uma vidinha daquelas olhando nos nossos olhos tentando dizer “eu te amo e preciso de você”, a razão desce pelo ralo junto com a tristeza e ficamos bobos; cegos de amor.
Ele enfrentou alguns problemas de saúde: era hipertenso, tinha hepatite e problemas estomacais. Mas nunca foi um mau cachorro. Adorava comer comida de gente. Latia feito louco toda manhã. Não gostava de colo e ficava rabugento quando o pegávamos. Mas se estivéssemos cabisbaixos, ele era o primeiro a pular e lamber o nosso rosto “vou estar aqui sempre, meus donos”.
Ao contrario da Nick, ele nunca fazia desaforos. Já ficamos muito bravos com ele: ninguém gosta de ter um lixo revirado no meio da cozinha. Mas ele estava sempre lá, a sorriamos todas as vezes que notávamos a presença dele.

Semana passada compramos uma roupinha azul, e tinha uma toquinha. Era uma espécie de “moleton”, para que ele não passasse frio. Ele ficava lindo vestido daquele jeito... Estava sempre lindo. E nos seus últimos dias, ele estava diferente, parecia saber que viria nos deixar.
Sexta feira, três horas da tarde, e ele foi atropelado... Eu e meu pai lutamos junto com ele, até chegarmos ao hospital de uma cidade vizinha. Fizemos 70 km em 20 minutos. Aquela vida dependia mais do que nunca da nossa ajuda esforço. O tempo foi nosso inimigo, e ele se foi. Porém foi dignamente, partiu como herói. Um verdadeiro campeão: lutou até seu ultimo suspiro. Ouvia seu nome, e latia para responder nosso chamado. Mas ele era pequeno, frágil e indefeso.
Agora, o Tevez é uma estrela, um anjo, um protetor... Não sei ao certo, mas ele fará uma falta imensa.

Tico, nós te amamos, e sempre vamos te amar. Sua irmã, Nick e o seu “irmãozão”, Léo irão sentir sua falta demasiadamente.
O “papai, mamãe, tato e tata” sofrerão bastante, mas é assim que acontece quando um ser especial parte.
(Hoje eu tenho certeza que a saudade é o pior sentimento que existe.)
1958-2009

:(

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Tamanha hipocrisia esses bichos que se dizem "transparentes, justos e confiáveis". Esse grupinho de não-falsos, não severos... me irrita!
Não há no mundo uma só pessoa que tenha sido contraditória perante seus princípios, que não tenha negado a sua identidade na intenção de evitar um conflito. Vivemos num mundo a base de trocas: te dou o meu carinho e você me enche de atenção. Qual é...?
Se há algo que aprendi foi que a minha hipocrisia só me levaria a retalhar minhas virtudes. Questão: sou falsa, dissimulada, irritante durante todo o tempo. Aliás, falsa eu acho que não... Será que sabem diferenciar falsidade de ironia? É bom saber que as pessoas pensam que eu estou sempre brincando com elas... Vomito todo o meu veneno na cara, e elas acham que é "brincadeirinha". Afinal, conviver comigo deve ser difícil...
Eu procuro sempre um jeito de me safar das complicações. Prefiro que me amem. Adoro controlar a tudo e todos mesmo... E não gosto de gastar tempo e energia combatendo com as filosofias de gente hipócrita e de falsa moral.
Ajudo quem for preciso, e não sapateio em meio a tragédia alheia. Tudo bem, só as vezes... Mas somente enquanto isso não me prejudicar, e, de fato, ao próximo.
Tenho gente me cercando o tempo todo, e elas me adoram. Adoram a minha transparência, e eu adoro observa-las tentando capsiosamente serem reciprocas em relação a isso.
Concluindo: vivemos no mundo do interesse. Você faz a sua imagem.
Desonestidade? Não, isso não é a minha praia... Muita credibilidade? Pode ser...
Hey! Hey!
What the hell's going on here?
You stole my story.
Well?
I'm sorry. Do l...?
- I don't know you.
- I know that.
That doesn't matter.
I know you, Mr. Rainey, that's what matters.
You stole my story.
You're mistaken.
I don't read manuscripts.
You read this one already.
You stole it.
DESABAFO:

eu não sei se alguém já quis tanto alguma coisa a ponto de quase morrer de medo de não alcança-la. mesmo que sejamos repletos de virtudes, a insegurança acaba tomando nossa mente como garantia de troca para momentos decisivos.
a não obrigatoriedade para diploma de jornalista passou, no primeiro momento, uma impressão de tristeza e revolta. no segundo momento, de desespero. no terceiro, tive gana.
já pensei em exercer inúmeras profissões, porém, hoje, só me vejo "jornalistando". terei as dificuldades dobradas para alcançar a plenitude na minha vida profissional: agora não basta ser formado. tem que ser bom. excelente, na realidade.

terça-feira, 23 de junho de 2009

"felicidade"

tem dias que acontecem assim: a gente acorda as 6:00, toma banho frio, come uma bolacha maisena seca, pisa na merda quando desce do carro, erra 9 de 10 questões da prova, e, para ajudar, lembra que deu uma trepada infeliz na noite passada. tudo bem, "tem dias que de noite é assim".
ainda que o meu ego seja inflado e minha vida seja uma mentira, eu digo e repito: existem dois tipos de pessoas no mundo. Eu, e as outras.
"É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil."
Friedrich Nietzsche

sábado, 20 de junho de 2009

"- Eu tava ali, e eu disse.
"Não me interessa o que você disse, não me interessa mais..." Ela coçava a cabeça, batia os pés do chão de taco, olhava o lustre, contava até 10. Era insensatez demais para uma só pessoa. Qual era o motivo da farsa, pirraça? "E o que mais? Qual é a boa da noite?"
- Eu nunca cavei uma fossa para você se afundar, Julia. O problema é que você nunca vai encontrar ninguém a sua altura... Seus olhos nunca olham para baixo, e os meus vivem sempre em cima.
Julia não queria ouvir mais as verdade perturbadoras do marido, pegou a bolsa e os óculos e desceu no elevador. De nada mais interessava. O amor dos filhos que ainda não chegaram, o amor do poodle mimado, das amigas peruas. Nada importava naquela tarde fria em Londres."

quinta-feira, 18 de junho de 2009

"A professora, doutora pela Universidade de Grenoble (França), diz que hoje é um dia de luto para os jornalistas e também para a sociedade. "Eu nunca vi engenheiros, médicos, advogados e arquitetos decidirem que não precisam de formação. Eu falo de exercício profissional, não de liberdade de expressão, como está se confundindo", afirma."
(Folha de São Paulo, 18/06/09)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"mulher é bicho esquisito: todo mês sangra."

e antes de sangrar, a mulher passa por uma prova de fogo, questão de vida ou morte - tendenciando sempre a morte.
de fato eu adoro chocolates, sorvete, pizza, refrigerante. não me envergonho. odeio academia, sol e praia. mas usar um biquíni minúsculo e ver alguns homens olhando de modo que a minha auto estima fique elevadíssima não seria ruim. pena que eu odeio piscina também.
não preciso esconder as gordurinhas localizadas na perna, nos braços, e nem as insistentes espinhas - malditas espinhas.
não posso submeter-me ao sofrimento de acordar 30 minutos mais cedo para escovar o cabelo. morro de sono, sou mole, desligada e preguiçosa. nesses dias antes do "sangramento" então... tenho preguiça até de respirar.
não troco uma madrugada com o silencio do lar, bons filmes, pizza esquentada e um litro de coca-cola por uma noite agitada em meio a amigos. queria ter esse prazer: estaria em pé, suando, e gastando calorias pois não bebo e dificilmente como fora de casa: sou vegetariana.
ao entrar num shopping, fico deslumbrada com as roupas maravilhosas de grifes esplendorosas. mas se me vejo com 100 reais, compro dois livros e não uma calça. livrarias e lojas de discos me encantam. não que eu seja estudiosa; longe de mim! a minha maior nota em matemática é 1, esporadicamente vem um suado 2,5. não me garanto nem mesmo em redação, apesar de amar escrever e ter ótimas ideias. me pego de mãos atadas perante uma folha de papel.
na verdade, penso que não trocaria o meu cérebro pelo de ninguém. as vezes fico com medo - um medo tolo - de que nenhuma pessoa me deseje mais. que loucura... os homens que eu quero são pouquíssimos. não tem um corpo bonito, muito menos roupas da moda...
o que é isso... cada um tem "a sua hora e sua vez". certas pessoas devem ter problemas maiores que os meus, e com um pouco de esforço a minha vida seria perfeita. pena que sou como sou. afinal, o mais desrespeito do mundo é negar a própria identidade.

"Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo os meus sonhos." - Sérgio Vaz.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"joga pedra na Geni. ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir! ela dá pra qualquer um, maldita Geni!"

uma vez que estejamos furiosos, toda a fúria do mundo é pouca. simplesmente não basta.
estou lendo "uma vida inventada" da maitê proença. ela narra vários conflitos existenciais desde a infância até hoje. e a cada dia mais eu me pego reflentindo sozinha sobre quem sou, para onde vou. acho que não há felicidade por completo. posso continuar tendo mil pares de tênis, viagens 10 vezes por ano, livros, cds, pai, mãe, e comida boa jorrando em minhas vísceras até que elas explodam... sou mal agradecida e descontente. insatisfeita. não vejo nada além do horizonte. meu lema: murmurar ladainhas ao meu espírito carregado. faço questão de ser sozinha, e a cada dia sou mais acompanhada de gente. não faz sentido.
não que eu seja uma sociopata, maníaca depressiva, autista... acho que a solidão é ótima, um presente divino. encontrar-se: eu comigo mesma. lembrar de todos os meu desejos e ambições mais profundos. esquecer que existe gente além de mim no mundo. ando sem vontade até disso. a vida até agora tem sido "levada nas coxas"... e é daí, para pior.

sábado, 13 de junho de 2009

voltar de viagem na maioria das vezes é um ritual difícil, repentino e triste. pelo menos para mim sempre foi. mas não dessa vez.
eu não conseguia mais esperar para voltar pra casa, para minha cidade; apesar de estar constantemente angustiada por lembrar do melancólico fato : a rotina me espera. odeio a rotina, mas no longo caminho de volta, percebi que ela me levará ao controle da situação: é um investimento a longo prazo e eu preciso de paciência.
passar alguns dias vendo faces e divergências de opiniões faz bem a qualquer ser humano, no meu caso, faz com que eu mude de opiniões e reafirme as que já afirmo com mais convicção. uma delas é: eu odeio a rotina. detesto acordar cedo, acho uma puta sacanagem do bicho homem. nos fazemos de mártires desde que o mundo é mundo. está frio, e acordar de manhã, no frio, numa segunda feira em que você fará uma prova de biologia as sete da manhã, é para desejo de morte. não é fácil. não vejo nada pior - pelo menos não agora.

vim com a cabeça nas nuvens (literalmente), e consegui fazer uma comparação/metáfora interessante:
sempre fiquei intrigada com o seguinte acontecimento: eu acho o céu maravilhoso, uma das coisas mais belas e surreais que já pude enxergar. porém, sempre que curvo a cabeça para cima, meus olhos doem. é o sol ferindo a minha vista.
o avião subiu por cima das nuvens e então notei: dessa vez, o sol não me machucara. eu estava em cima dele. olhei o céu como nunca havia olhado antes. era mais esplendoroso do que eu podia em vida imaginar. me senti, de real vontade, "o rei do mundo".
moral: para ter conforto, é preciso estar por cima. infelizmente.

terça-feira, 2 de junho de 2009

lembrei de lisbela e o prisioneiro, e lembrei dessa musica. acho ela... INTENSA!

Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim/Um grande amor não se acaba assim/Feito espumas ao vento/Não é coisa de momento/Raiva passageira/Mania que dá e passa feito brincadeira/O amor deixa marcas que não dá pra apagar/Sei que errei e estou aqui pra te pedir perdão/Cabeça doida, coração na mão/Desejo pegando fogo/Sem saber direito aonde ir e o que fazer/Eu não encontro uma palavra só pra te dizer/Mas se eu fosse você, amor, eu voltava pra mim de novo/E de uma coisa fique certa, amor/A porta vai estar sempre aberta, amor/O meu olhar vai dá uma festa, amor/Na hora que você voltar.
- Aciioly Neto