domingo, 22 de março de 2009


O ideal da família burguesa ainda não condiz com o pensamento que eu tenho em relação a vida e felicidade. "Estude. Leia. Trabalhe. Projete. Faça. Olhe. Coma. Beba. ORGANIZE-SE." Qual é o grande tratado quando não precisamos - ou queremos - viver conforme as regras sociais que habitam no cotidiano de todos nós? Amor autruista de pai para filho. Bondade genuína de homem com o meio. Felicidade ao ter casa, comida e roupa lavada. São parâmetros distintos, invasivos e invisíveis ao ponto de vista de quem olha sensatamente. Crianças africanas, "flanelinhas" brasileiros, fome ao redor do mundo. A única certeza aparente é a ignorância de nosso meio.
Crianças de rua vêem o mundo de outra forma. Diz-se para olharmos a nossa volta, enxergar a necessidade do próximo, mas ao mesmo tempo ainda se é feliz vendo as dificuldades encontradas por semelhantes ao nosso lado. Exclama-se absurdo a relação sexual para um menino de 12 anos. Nada é absurdo: um menino pobre, sem "estrutura familiar" não é capaz de carregar consigo a ilusão de família feliz, onde só é pleno o cidadão que constitui uma casa com filhos, mulher e marido.
Os ciclos afetivos tem sido demarcados a partir de sentimentos pré-estabelecidos pela mãe quando a criança ainda é um feto. A necessidade de controle em relação ao outro deixou-nos assim, andróides que amam tudo e a todos, respeitam, convivem. Estamos todos pirando no século XXI... E qual é o motivo?

Hi, hi, Johnny. Hi, hi Alfredo. Quem é da nossa gangue não tem medo!