sexta-feira, 31 de julho de 2009

parâmetros
eu: alto.
ele: baixo.
eu: falo.
ele: ouve.
eu: finjo.
ele: esconde.
eu: leio.
ele: conta.
eu: durmo.
ele: morre.
eu: fumo.
ele: bebe.
eu: jogo.
ele: blefa.
eu: resmungo.
ele: observa.
eu: sarcasmo.
ele: ironia.
eu: virgem.
ele: sexual.
eu: feminista.
ele: machista.
eu: alface.
ele: costela.
eu: pinto.
ele: toca.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Bebida é água. Comida é pasto.
(...) A gente não quer só comida.
A gente quer comida, diversão e arte."
"a long time ago, we used to be friends..."
- Ninguém pode ver a gente aqui!
- Ninguém vai... tá escuro! - disse.
As vozes falavam baixo e mal saiam devido ao frio cortante.
- Deita, deita aí! Dá a mão, fica quietinha que a gente esquenta!
N. deitou, ficou quieta e pois-se a olhar o teto enquanto D. pegava as mãos que dançavam em ritmo distinto, não acompanhando a musica que tocava no ar. Os quatro pés dos dois amantes mais pareciam pedras de gelo, mas a mente estava quente. A mente dominava o corpo.
- N., tá ficando tarde. Vamos voltar? - Disse D. com preguiça, mas como sempre, consciente.
Saíram do quarto pisando na neve, abraçaram-se, disseram afetos no ouvindo. Voltaram para a multidão, onde o olhar era o único veiculo que aproximava as duas almas, agora, distantes.
- Acho que vou pra cama... Tá me dando sono... - ela exclamava afim de que todos ouvissem. Porém, o objetivo principal era chamar a atenção de D. que captou imediatamente a mensagem.
Seguiram até o quarto, sentaram-se um de frente para o outro no sofá bege, comentaram a festa e as pessoas.
Beijaram, beberam, tocaram.
D. notara que a amada estava exausta, trabalhara durante o dia todo, e dispôs-se a faze-la uma massagem nos pés. Ele tinha um carinho sensível e fora do comum por N., que o amava mais que qualquer outra que coisa que pudesse ser amável no mundo.
- Obrigado, você é maravilhoso e eu te amo. - agradeceu N. fechando a porta. Já era hora de descansar. - Vem cá, me dá uma abraço e um beijo!
Beijaram.
- Boa noite.
- Boa noite, N.

sexta-feira, 24 de julho de 2009


Há muito tempo que eu já dizia: toda essa chinfra não te garante. Você não sabe arte de saberandar nem de salto alto , nem deescada rolante. Sua vida não tem muito sentido. Sempre em dia com o seu atraso...
Mas e daí? Ela se acha tão chic, troca seu destino por qualquer acaso.
E perdeu a pose! Decadence avec elegance!
Ela diz pra mim: seja um bom rapaz, pratique algum esporte, tenha bons ideais... Afinal de contas, o fim do mundo não é nenhum fim de mundo. E se for...
Descance em paz e no final da madrugada, perambulando pelos bordéis... Decadence - é melhor viver!
Decadence avec elegance!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

prepare-se para escrever...

penso que no mundo todo, no planeta inteiro - literalmente - existam tipos diferentes de pessoas dentro de um só corpo. veja bem: se hoje somamos 7 bilhões de habitantes na Terra, na verdade somos nada mais que (no minimo) 14 bilhões. ninguém transparece ao outro exatamente aquilo que se é. a não ser que o individuo seja um falsário hipocrita (raça comum entre os homens).
não há motivos para dotarmos de todas as imposições sociais que o mundo predominantemente católico impõe aos nossos hábitos. cada ser tem uma ideia de certo/errado, e não cabe a ninguém, NINGUÉM, julgar as afirmações supostas pelo próximo.
somos regidos pelo medo em todas as praticas de nossas ações: temos religião por medo do inferno. somos justos por medo da punição. somos belos por medo da não aprovação.
alguns caminham com esses paradigmas devido a falta de opção que lhes é propiciada. ou pelo menos, indagam essa teoria. e convencem (virtuosos).
sofremos "coitos" constantemente, e isso nos torna pessoas amargas, mas que devem levar a vida como ela é. de fato, a vida não é fácil: acordamos as 6 da manhã, temos que ir para um trabalho que nem sempre gostamos, conviver com pessoas podres e não contamos sequer com a chance de expressar os sentimentos por medo de perder a "fonte de renda". não vejo situação pior.

dou valor ao tempo que passo em casa sem fazer absolutamente nada. de frente para mim mesma, expressando sem medo nem culpa aquilo que tenho vontade.
nunca espere me conhecer integralmente pois não sou nada diferente do que se deve ser. sou apenas, consciente.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

é o seguinte: deve existir milhares de putinhas saltitantes dispostas a dar uma volta num belo carro. existem mil e uma garotas afim de uma noite e um café.
tá bom, num estagio de "depressão pós vista" profundo e não sei o que dizer... nem dormir eu consigo. deixei até de roer unha pra te agradar...
ninguém vai te amar como eu amo, na intensidade em que o ato se encontra. eu já não sei se depende de mim, não quero que isso vire uma doença e atinja o resto do corpo: a minha mente já não é a mesma depois daqueles anos atrás.
to de saco cheio, e disposta a mudar isso... não tenho mais paciência, isso me esgota.
não é culpa sua, é só minha. você nem sabe o quanto existe em mim.
eu não sei você, mas pra mim basta. e não é por você, é por mim.
antes de "tu", existe o "eu".
não tô disposta a morrer de amor.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

vou contar um segredo: I WANNA BE YOUR DOG!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

MEU LUGAR, MINHA HORA E MINHA VEZ!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"E por isso voltou. Por que sempre o amou, mesmo levando a dor daquela mágoa.
Mas segurando a sua mão, sentiu sorrir seu coração e amou como nunca havia amado.
Mas como começar denovo, se a ferida que sangrou acostumou a me sentir prejudicado?
É só você lavar o rosto e deixar que a agua suja leve longe do seu corpo o infeliz passado...

E viveram felizes para sempre...
Eles estavam livres da perfeição que só fazia estrago."
Essa vida.
Essa vida as vezes me cansa... Não que eu esteja cansada de viver, mas estou cansada do cansaço que a vida traz.
Ela rouba a minha beleza sem piedade nem compaixão.
Olho para os lados e vejo coisa feia. Vejo gente desfavorecida, e superiores me tratando como se o azar do outro fosse falta minha. Não tenho poderes para melhorar o olhar do pobre, suprir a fome do miserável. Cada um nasce de um jeito, cada um nasce em um comodo.
Tenho dores, mas ando. Tenho preguiça, mas acordo. Tenho nojo, mas cheiro. Tenho desejo, mas interrompo.
Nada que é de mérito e esforço meu é observado. Graças as forças na natureza nasci inteligente e sensata. Posso dizer e ouvir, sei fazer na medida certa. A não ser que o monstro do mau humor desperte em mim... Fora isso sou adorável e sei aproveitar de tudo um pouco.
Sei aproveitar bem as situações.
Sei aproveitar bem o próximo.

sábado, 4 de julho de 2009

O mundo é meu. O mundo é MEU, "Sebastião".
Eu quero ganhar o mundo com a minha arte que não é artística, é rudimentar. Quero ganhar o mundo fazendo-o rir. Quero andar por Londres e tomar café em NY.
Quero vestir roupa rosa e usar laço no cabelo. Laço amarelo. O mundo é meu, e o mundo é "bão, Sebastião!"
Eu tenho desejo de beber a agua do mundo, de olhar a rua do mundo e os pés do mundo. De abraçar gratuitamente, sair do confinamento, dar andamento ao meu talento. Mostrar para que vim e por que vou. Cada dia mais longe. "O mundo é bão Sebastião!"
Eu quero quebrar a perna e a cabeça. Quero colar sentimento em todas as pessoas que se aproximarem da minha LUZ, e afastar os mais fluidos da minha volta. Eu quero correr num parque verdinho. Quero ficar resfriada de tanto tomar sorvete. Sem me preocupar com o peso.
"O mundo é teu, Sebastião!"

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family, Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers.Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"um dia depois, não me vire as costas. salvemos nós dois: tudo vira bosta!"

e qual é o segredo para viver bem? como podemos manter relações e sermos bem sucedidos nelas?
não vejo nenhuma teoria inteiramente confiável, mas tenho algumas suposições que me aprecem coerentes.
todas as pessoas que habitam o planeta azul dotam de mentes totalmente adversas, não existem sequer, dois seres que agreguem a proeza de terem pensamentos completamente iguais. não existe de fato gente transparente, autruista.
nós, humanos, temos a péssima mania de exigir do outro aquilo que faríamos por ele: bingo! falhamos mais uma vez.
de repente, aquilo que foi dito a um minuto atrás, foi de extrema importância para a sua vida, mas não para a dele. provavelmente o seu interlocutor tem mais ideias do que aquela "frase de efeito" que você disse para impressiona-lo e elaborou com tanto esforço.
precisamos esperar do outro aquilo que sabemos - e temos certeza - que ele pode nos oferecer. viver assim seria completamente mais fácil e menos tortuoso do que o caminho que escolhemos.
nascemos sendo mártires e vivemos assim. as vezes esquecemos do simples detalhe: é melhor ser o culpado. uma vez que a culpa é sua, o controle é seu. quando o controle é seu,
VOCÊ pode mudar a situação.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sairia do trabalho as 7 naquele dia e iria direto para a casa como fazia todos os dias. Aquele dia a rotina havia esquecido de exercer sua função, e o carro também. A rotina não exercera por que o carro não o fez anteriormente.
Viu o primeiro táxi amarelo, fez sinal ao motorista mas o miserável recusou-se a parar.
Ele estava faminto, almoçara as duas da tarde, aquela reunião inacabável e tortuosa demorou a acabar.
Tinha mulher e filhos em casa esperando para o jantar; de certo ele chegaria, beijaria a esposa, abraçaria os filhos e leria o jornal com noticias bombásticas.
Mas o destino mudou a rota. Ele então entrou no onibus - não estava acostumado ver tanta gente "diferente" - e quase caiu com o balanço daquele transporte sujo e velho. Mas bastou um olhar para o resto do dia transformar-se na mais bela ópera.
Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

- Augusto dos Anjos