sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Primeiramente são feitas juras que propõem amor eterno. Depois vem uma alegria e afago maravilhosamente fadados a um conforto mutuo, lindo. Quando se volta para a Terra, percebe-se que não há saída para um caso de amor. O amor é um caso encerrado, um problema sem solução.

Aceitar que se ama não é gratificante e causa medo, porém, uma vez aceito, o amor passa a fazer parte de um cotidiano paralelo a vida real apenas por tomarmos conformidade de que estamos amando. Percebi que amava quando aprendi a conviver com isso e com a dificuldades que tal situação me trazia. Percebi que amava quando vi que não havia motivo para amar, apenas evidencias claramente expostas provando que esse amor era feio e canceroso.

Quando eu era uma pessoa apaixonada, tão e somente apaixonada, não dotava de conforto algum para a relação com aquele individuo: não queria explicações e tampouco queria aceitar a distancia e o frio que eu sentia. Hoje sou uma amante. Sei que não posso amá-lo e que sofro por isso, mas aceito a minha condição, severa e bruta, de amante inconstante.