terça-feira, 8 de junho de 2010

eu não espero mais a vida passar pensando em grandes aspirações futuras.
percebi que a vida é uma obra de schopenhauer e que só faz sentido quando entendemos que "a vida é um pêndulo que oscila entre o desejo, a vontade e o tédio". torno a dizer, "a vida é um pêndulo que oscila entre o desejo, a vontade e o tédio".
hoje eu estou amargamente frustrada, dilacerada por sentimentos que correm a flor da pele e dignamente triste.
amanhã ou depois, estarei feliz por algum motivo. talvez uma vitoria alcançada...
dias após a felicidade, encontrarei a angustia novamente. terei uma luta violenta e cheia de sangue contra ela. vencerei, e como premio, terei a felicidade novamente na palma da minha mão.
algum tempo depois, a mesma escorregará sem que eu perceba e partirá sem deixar carta de despedida. é quando a tristeza virá me visitar.
e assim, sucessivamente.

parei de acreditar na vida e nas coisas boas que ela pode me trazer um dia.
parei de acreditar nas pessoas e em suas lamurias. todas justas - ou, pelo menos, justificáveis.
"o sentido da vida é a total ausência de sentido".

observarei tudo de longe, com movimentos hermeticos e discretos.

viverei a cada dia tentando mudar o mundo ao meu redor, pois não consigo fechar os olhos e cair num isolamento egoísta. vejo além do que as pessoas precisam e isso não é pretenção ou arrogância de minha parte.
sou digna de amor, pois sou amável. precise de mim e te darei minha mão e meus ouvidos.
não aproveite da minha bondade, pois em mim há muito amor.

não tentarei ser perfeita, pois "perfeição demais me agita os instintos. quem se diz muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso para não ser de carne e osso!", mas tentarei encontrar motivações para a vida.
viverei no caos da depressão quando preciso for e no doce da alegria quando puder.
jamais tentarei dar sentido a vida.