sábado, 22 de maio de 2010

"São Paulo, 05:03 da manhã, sinto a ferrugem.
O telefone continua calado. Chego em casa, tomo o meu whisky e alimento mais a minha solidão. O gosto amargo insiste em permanecer no meu corpo. Corpo. Corpo. Está nu. Gelado com o peito ardendo, gritando por socorro, prestes a cair do décimo quarto andar. A sacada é curta, o grito é inevitável.
Eu vou acordar o vizinho, eu vou riscar os corpos, eu vou te telefonar e dizer que eu só preciso dormir."