quinta-feira, 27 de maio de 2010

R.I.P. Paul Gray ♥

eu ainda não tinha caído na real sobre a morte do Paul. acabei de ver uma coletiva de imprensa com os caras do Slipknot, e percebi que tudo isso é real.
só ontem a noite eu comecei a digerir o que tinha acontecido... e agora, eu vejo a dor dos amigos daquela pessoa, a dor dos familiares, da esposa... vejo a minha tristeza em saber que jamais verei ele num palco... fico triste por não ter tido a oportunidade de presenciar um show :(
não me arrependo, pois meus pais nunca me deixariam ir a um show do Slipknot aos 13/14 anos de idade... não culpo a eles por isso, por que eu sempre pensei "oportunidades não faltarão"... mas agora... agora eu não posso mais ver o Slipknt por completo, não será mais o Slipknt completo, vai faltar um pedaço importante :(((
Slipknot foi a primeira banda que me fez viajar, pirar, gritar... a primeira banda que eu conheci sozinha, sem influencia do meu pai... tiveram um papel fundamental na minha vida: me acolheram quando eu estava numa fase difícil :(
pode parecer piegas, mas é a verdade. eu ouvia as musicas e podia sentir minha tristeza vazando pelas letras... é de fato uma banda acolhedora...
me sinto assim, e aposto que todos os fãs também se sentem.
sentiremos a falta do Paul como sentiríamos de qualquer outro integrante. o triste é pensar que isso é real... definitivamente, a vida dói...
:(

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PAUL GRAY

ou Paul Dedrick Gray
Los Angeles, Califórnia, 8 de Abril de 1972 - 24 de Maio de 2010, Des Moines, Iowa

porra, meu :(

Berro

é intenção da intervenção
é a pedra que atropela o caminho
é o fio no meio do meio
é a agua corrente em corrente.

procrastina
o mundo
procrastina
a vida
procrastina
tudo.

é o alcool que some o cerebro
é a droga que rouba a mente
é a tristeza que encolhe o orgão
é a gula que engole a terra

procrastina
tudo
procrastina
o mundo
procrastina
a vida.

é a gente que apanha e não sente
é a menina que aceita descrente
é o homem que cumpre e não ganha
é o cão que late e arranha.

procrastina
a vida
procrastina
tudo
procrastina
o mundo.

procastina a vida
procrastina o mundo
procrastina tudo.

procrastina o mundo
procrastina tudo
procrastina a vida.

procrastina tudo
procrastina a vida
procrastina o mundo.

domingo, 23 de maio de 2010

A minha geração doente

não há lira que explique a doença
não há gente que jogue como pensa.
sentando e trazendo ventos de solidão
tensão, horror, morte, dor.

a minha geração doente hoje está viva
está vagando, vagando...
a minha geração doente, hoje está olhando
prestando contas ao futuro não promissor.

estamos vagando, olhando, esperando
esperando, esperando...
a vontade da minha geração doente.

a vida anda passando e o seu cheiro eu já nem sinto
a vida anda tremendo, a vida anda punindo...
a minha geração doente, doente...

sábado, 22 de maio de 2010

"São Paulo, 05:03 da manhã, sinto a ferrugem.
O telefone continua calado. Chego em casa, tomo o meu whisky e alimento mais a minha solidão. O gosto amargo insiste em permanecer no meu corpo. Corpo. Corpo. Está nu. Gelado com o peito ardendo, gritando por socorro, prestes a cair do décimo quarto andar. A sacada é curta, o grito é inevitável.
Eu vou acordar o vizinho, eu vou riscar os corpos, eu vou te telefonar e dizer que eu só preciso dormir."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

RONNIE JAMES DIO

ou, Ronald James Padavona.
10 de Julho de 1942 - 16 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

uma vez acostumada com o "bom da vida" nunca mais quis largar aquilo que me dava animo. "o que me alimenta, me destroi", porém.
não foi querendo que decidi sentir emoções ao extremo. não foi lutando que consegui o que tenho hoje, pois eu não tenho nada.
eu nunca me proponho a fazer coisas e agradar pessoas. eu não quero contato muito próximo com o mundo, afinal, a maioria do mundo não me interessa. não consigo entender as pessoas, e do mesmo modo, acredito que elas não me entendem. é tanta gente...
tenho magoas, mas essas passam repentinamente. são instantes a priori eternos, que passam antes que eu pisque meus olhos. eu sei superar a vida muito rapidamente, só não sei superar as pessoas que fazem parte dela.
não há motivo para fazerem o que fazem. quem pensam ser esses seres? ninguém tem o direito de interferir na minha vida, de mal dizer meus atos e de destruir minhas esperanças. o que me entristece é: odeio as pessoas que fazem isso, não ligo para elas, não quero que sejam minha amigas, nem inimigas: mas elas afetam a minha vida diante de pessoas amadas!
as pessoas que eu amo me importam! eu não quero um relacionamento bom com as garotas do meu cursinho, nem com a moça da loterica; eu quero viver em paz com quem gosta de mim, e com quem eu aprecio.
enquanto isso eu me perco em devaneios, fantasiando a realidade que deveria ser minha e contando os segundos para que esse inferno paupavel acabe.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"É só você lavar o rosto e deixar que a água suja leve longe do seu corpo o infeliz passado."

sábado, 8 de maio de 2010

a melhor música do mundo

buddy, you're a boy. make a big noise playing in the street.
gonna be a big man someday.
you got mud on your face.
you big disgrace.
kickin' your can all over the place

We Will, We Will Rock You!

buddy, you're a young man. hard man. shouting in the street.
gonna take on the world someday.
you got blood on your face.
you big disgrace.
wavin' your banner all over the place

We Will, We Will Rock You!

buddy, you're an old man, poor man. pleading with your eyes.
gonna make you some peace, some day.
you got mud on your face.
you big disgrace.
somebody better put you back into your place.

We Will, We Will Rock You!


H.G.S.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

um dia que passa lentamente,
uma mente que não sente,
teu olho gravado e oculto,
a dor de uma intriga.

reflexo de um percalço onírico,
a vida que passa e mata.
a tristeza que corrói,
o amor que não dói.

teu mundo que some e segue,
a onipresença do ser voraz.
uma loucura eloquente,
a sensatez que é descrente.

e quando tudo acontecer,
a aurora do dia amanhecer,
não restara esperança nem lembrança
sobrarão apenas os gatos nos telhados.

falta de vida, falta de amor.
amores não lapidados,
jóia jogadas aos ventos.
gritos sedentos de fome...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

IRON MAN 2


"Não me faça nenhum favor. Não espere nada de mim. Não me fale seja o que for. Sinto muito que seja assim.
Como se fizesse diferença o que você acha ruim.
Como se eu tivesse prometido alguma coisa pra você.
Eu nunca disse que faria o que é direito.
Não se conserta o que já nasce com defeito.

(...)
Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva. Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor...
Nada sairia do lugar que já estava, não seria nada diferente do que sou."

domingo, 2 de maio de 2010

again.

Eu juro que gastei uns 10 minutos tentando criar um título, mas desisti. Então fica assim:


Eu já cansei, mas eu aceito. Aceito a luta, eu concordo com esse abate.

Prefiro brigar com todas as minhas razões e todos os meus espíritos, mesmo sabendo que não é possível vencer no fim, do que mascarar os meus problemas e mergulhar meu rosto numa poça de salvação momentânea como muita gente consegue fazer.
Eu poderia encher minhas veias de ilusão, e me matar lentamente, pra aliviar toda essa dor por quanto tempo eu pudesse. Por quanto meu corpo aguentasse.
Como MUITA gente consegue fazer.

Eu prefiro apanhar de rosto sóbrio. Aceito brigar até não sobrar mais nada de mim.
Prefiro passar realmente por tudo isso, do que viver como quem gargalha do mundo com bafo de álcool, se matando devagar. A cara rosa e gorda, cheia de ilusão.
Posso parecer muito pior do que muita gente, mas meus problemas são todos encarados de frente.

E eu também sei que meus momentos bons, mesmo que poucos, são totalmente verdadeiros.


Hugo Giazzi Senhorini. Sim, de novo.

sábado, 1 de maio de 2010

auto-descrição, talvez.

''Sou a inocência e o medo infantil dos olhos azuis. Sou uma família grande de cidade pequena.
Mil novecentos e noventa e um.
Sou aquele desenho engraçado que a gota da chuva faz quando tromba no chão. Sou uma infância de um século.
Me dá um abraço, mãe.
Rita,
Raul,
Rock and Roll.
Artes, cenas, desenhos, músicas. Eu sou o som seco e rasgado do violoncelo de Eicca em ''Enter Sandman''.
Eu sou uma explosão. De dúvidas, de mentiras, de fantasias, de verdades cruéis, de raiva, de amor e de pouquíssima experiência com essa tal de vida.
Eu sou cada frustração, cada perda e separação.
Saudade.
Nostalgia.
Amizade. Eu sou Son House.
[just bear this in mind,
a true friend is hard to find,]
Sou minhas legiões.
Sou minha dúvida e escuridão.
O Jardim enevoado das minhas memórias.''

Hugo Giazzi Senhorini