segunda-feira, 15 de junho de 2009

"joga pedra na Geni. ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir! ela dá pra qualquer um, maldita Geni!"

uma vez que estejamos furiosos, toda a fúria do mundo é pouca. simplesmente não basta.
estou lendo "uma vida inventada" da maitê proença. ela narra vários conflitos existenciais desde a infância até hoje. e a cada dia mais eu me pego reflentindo sozinha sobre quem sou, para onde vou. acho que não há felicidade por completo. posso continuar tendo mil pares de tênis, viagens 10 vezes por ano, livros, cds, pai, mãe, e comida boa jorrando em minhas vísceras até que elas explodam... sou mal agradecida e descontente. insatisfeita. não vejo nada além do horizonte. meu lema: murmurar ladainhas ao meu espírito carregado. faço questão de ser sozinha, e a cada dia sou mais acompanhada de gente. não faz sentido.
não que eu seja uma sociopata, maníaca depressiva, autista... acho que a solidão é ótima, um presente divino. encontrar-se: eu comigo mesma. lembrar de todos os meu desejos e ambições mais profundos. esquecer que existe gente além de mim no mundo. ando sem vontade até disso. a vida até agora tem sido "levada nas coxas"... e é daí, para pior.