terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"e agora
que a vida escapou
você sumiu
pegou o carro e fugiu

saiu
partiu
em mil

o
meu
co
ra
ção.

sem

ação.

sem lentes
sem proteçao
deixou-me aqui
na espera
nua
e
pura

da vida


de querer-te
além de hoje
e como sempre

e

para

sempre...

e para sempre
querendo-te
espero hoje
como esperei ontem
e como vou esperar sempre

sempre
sempre
sem
pre."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TÔ BOIOLA HOJE FLW

Às vezes eu me sinto um fantasma/Arrancando flores no jardim/À meia- noite/Penso em você e sigo despedaçando/Pétalas ao vento/Na tempestade/Pétalas vermelhas/Tô com saudade/De você, de você/E as ondas vêm me cobrir na noite escura/E as ondas vêm me cobrir na noite escura/Às vezes eu não sei se é a noite/Ou se é a vontade de te ter agora/Agora/Eu penso em você e sinto a tempestade/Desabar por dentro e por fora/Eu penso em você e sinto toda a vontade do mundo/De te ter agora, agora/Você.../Agora...

você e a noite escura, Lobão

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

HOJE

Vitor: Vai fazer o ENEM com vontade, Andreza!
Eu: Acende uma velha pra mim! (muitos risos)
Vitor: Beleza, tchau!
andei dois passos e:
Maluco: Por que você pediu pra ele acender uma vela pra você?
Eu: Pra passar no vestibular...
Maluco: Mas isso adianta pra você?
Eu: Eu falei brincando, não acredito em vela.
Maluco: Mas velas tem uma energia, ce sabe né... elas tem luz...
Eu: Tem luz... e energia eu não sei se tem, não acredito nisso.
Maluco: Nisso em que? Você não acredita em nada superior a você?
Eu: Não...
Maluco: Em nada além da carne, da terra?
Eu: Não...
Maluco: Então você não acredita em Jesus Cristo, Deus...?
Eu: Não.
Maluco: Nossa! Mas Deus me pois no seu caminho agora, você não acha?
Eu: Não...
Maluco: Mas ele pois... Tem algo superior a nós... Eu to aqui pra te dar mais conhecimento... As pessoas precisam amar mais, sabia?
Eu: É, eu também acho que a gente tem que amar mais... Eu acredito no amor.
Maluco: É, eu também. Você tem que se preocupar menos com a vida que a sociedade te impõe por que eles querem te ver no fogo.
Eu: É mesmo...
Maluco: E olha que quem tá te falando isso é só um Maluco...
Eu: Maluca sou eu, pensando no vestibular. Valeu, Maluco.

Dei as maos pra ele e sai.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"I said so, NIRVANA"

Ouvir Nirvana, me faz sentir uma plenitude que jamais alcanço. Tento atraves da leitura e do cinema, mas não chega perto. Ouvir os gritos de Kurt Cobain me faz ser parte dele. Entendo o desespero daquele corpo. Sinto a emoção que ele sentia naquela hora, imagino a sua pessoa e penso nele como algo que jamais morrerá. Sinto o Kurt ao meu lado todas as vezes que o escuto.

Encontrar o Nirvana, é ouvir NIRVANA.

(...)

Se eu pudesse agradecer algum inventor importante, agradeceria ao criador da musica. Não sei como aconteceu: se ele criou a melodia ou a letra antes, ou só a melodia, ou a letra e melodia juntos. É algo que já não importa. Não agradeceria ao inventor do fogo, nem da roda, nem do telefone. Beijaria os pés do criador (ou criadora) da música.

domingo, 10 de outubro de 2010

Exatamente, agora. Agora eu deveria estar dormindo. Mas estou aqui, pensando em como fugir das memórias que corroem minha mente. As malditas memórias.
Foi na semana passada. Semana passada eu quebrei mais um coração – é como eu disse: eu não amo ninguém, não quero bem a ninguém.

Estávamos eu e Katherine no quarto. Desfrutavamos de uma bela noite de amor: somente eu e aquela linda jovem. Supus que ela devesse saber minhas intenções, mas não sabia – ou pelo menos fingia não saber. Não me comovi e quebrei o coração dela. Quebrei em mil pedaços e joguei pela janela aos ventos, para que jamais voltassem a tirar minha paz.

Até agora não posso imaginar o que aquela exuberante inglesa de 17 anos quereria com um homem de meu tipo.

Ela encontrou-me num bar, o Vernita Club, quinta passada. Eu acabara de sair do expediente, e como de habito, estava somente esperando para tomar uma boa dose de uísque. Acendi um cigarro e ela apareceu. Estava vestida com uma calça jeans e uma blusa preta que salientava o busto. Pediu para sentar-se ao meu lado e eu concordei. Conversamos por um bom tempo. Eu estava auspicioso por uma companhia. Clamava por distração. Não dotei da astucia necessária para perceber que tratava-se de uma criança precoce. Katherine não era nada alem de uma criança carente e precoce.

Levei-a até meu apartamento, transamos e depois do ato fui ao banho. Ao sair, percebi que ela ainda não estava trocada e perguntei o que ela fazia em minha cama. Creio que a moça não tenha entendido, que, para mim, ela era apenas um objeto de desejo. Pedi para que se levantasse e vestisse sua roupa novamente. Ela caiu em prantos e me fez mil perguntas do tipo “Por que eu estaria agindo daquele modo com uma inocente menina de 17 anos?”. Não respondi, e as únicas palavras que saíram de minha boca foram: “Você precisa de um pai, não de um penis.”

Ela correu, batendo a porta.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Primeiramente são feitas juras que propõem amor eterno. Depois vem uma alegria e afago maravilhosamente fadados a um conforto mutuo, lindo. Quando se volta para a Terra, percebe-se que não há saída para um caso de amor. O amor é um caso encerrado, um problema sem solução.

Aceitar que se ama não é gratificante e causa medo, porém, uma vez aceito, o amor passa a fazer parte de um cotidiano paralelo a vida real apenas por tomarmos conformidade de que estamos amando. Percebi que amava quando aprendi a conviver com isso e com a dificuldades que tal situação me trazia. Percebi que amava quando vi que não havia motivo para amar, apenas evidencias claramente expostas provando que esse amor era feio e canceroso.

Quando eu era uma pessoa apaixonada, tão e somente apaixonada, não dotava de conforto algum para a relação com aquele individuo: não queria explicações e tampouco queria aceitar a distancia e o frio que eu sentia. Hoje sou uma amante. Sei que não posso amá-lo e que sofro por isso, mas aceito a minha condição, severa e bruta, de amante inconstante.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Começava a escurecer, mas, agora, de nenhuma noite teria medo, se tão negra é a que leva dentro de si."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os teus olhos - Florbela Espanca

O Céu azul, não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.

Um dia, fez Deus uns olhos
Tão azuis como esses teus,
Que olharam admirados
A taça branca dos céus.

Quando sentiu esse olhar:
“Que doçura, que primor!”
Disse o céu, e ciumento,
Tornou-se da mesma cor!

Meire

A velocidade é de cento e trinta quilometros por hora. No rádio pode-se ouvir os resultados das eleiçoes: Goiás e Distrito Federal basicamente em segundo turno. Para presidente nada foi decidido ainda. Talvez Dilma, talvez segundo turno. Ainda não opino sobre o meu voto caso aja, de fato, um segunto turno. Penso apenas no dia e nos acontecimentos. Hora injustos, hora corriqueiros. "Coisas da vida..."
Nascida, vivida, mãe de quatro filhas. Todas mulheres, saudáveis, lindas e independentes. Três netos. Um, adotivo. Uma vida de batalhas e suor. Desfaleceu e acabou por baixo da terra como uma semente gigante plantada. Quais frutos ela gerará? Acredito que será um fruto chamado lembrança. A vida de uma mulher de sessenta e dois anos causará lembranças nostalgicas e saudosistas após sua morte.

A doença é injusta assim como a vida. A morte nada mais é do que a última parte da vida. Vida: nascimento, cuidados, responsabilidades, sofrimento, cabelos brancos, doenças, e por fim, a "indesejada das gentes". Qual é o sentido de um corpo que envolve outros vários corpos por determinado periodo de tempo? Até ontem ela era uma vida e agora é uma morte. Não passa de um pedaço de carne vestido com seu melhor traje dentro de uma caixa de madeira. Pelo menos conta com a sombra de uma árvore. E logo ela será uma árvore. Que dará certos frutos chamados lembranças.

Todos se lembrarão dela como uma mulher fantastica. Passarão a saber disso quando não puderem chamar seu nome e nem contar com a sua presença ou palavras. A existencia é assim. Passamos pela vida e enquanto seres vivos causamos dores. Na morte, não encomodamos e passamos a ser apenas lembranças pelas nossas boas características. A tristeza é recorrente quando a genialidade só é percebida no dia em que nao pode mais ser exercitada: Nietzsche sempre disse que seus livros seriam lidos no século XXI. Suas idéias incriveis só são valorizadas hoje por aqueles marginais iconoclastas e sensiveis ao extremo. Friedrich Nietzsche morreu sem saber de sua importancia. Hoje ele é importante e em vida foi nada menos que um lunático bigodudo.

A vida é um drama, uma ópera triste.

Assim aconteceu com ela.

Assim acontecerá comigo. E com você.

sábado, 25 de setembro de 2010

Nota: abaixo, um dos fragmentos mais bonitos de poesia eu eu já li.

"(...)
poeta é quem vê
o que não é de dizer
e ainda assim

diz."

Alice Ruiz in Um Olhar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O inferno é a vida.

Eu não quero aqui afundar minhas lamurias constantes em explicações distantes da vida de vocês. Quero dizer como sinto e como penso diante desse meu descontentamento estável e imutável.
Não aguento mais a situação atual de projetar a felicidade em situações futuras: a vida fica parecendo um devaneio impossível, que foge do meu controle todas as vezes que levanto minha cabeça do travesseiro em que durmo.
Não suporto mais saber o que sei. Saber a verdade dos fatos das pessoas que me cercam e ser crua em demasia. É descontentamento demais. Já não consigo sequer tentar entender aqueles que dizem amar a verdade - não sabem o sofrimento que estão buscando através desse pensamento medíocre.
Uma vez pensei que só os ignorantes eram felizes. Pensei novamente e achei equivocada essa proposta. Hoje, penso que é verdade: não é de todo ruim ser ignorante, aspirar pouco. Quem muito deseja, quem muito constrói corre riscos maiores de obter perdas gigantes.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Delírios de uma rapariga (nem tão rapariga assim) na crise do feminismo pós moderno.

Eu não queria começar um texto com aquele questionamento infame e demasiado clichê "Ser ou não ser?"
Já não aguento mais essa perguntinha e o que me desagrada, então, é o fato de que ela rege a nossa vida. Aí fode, meu querido.
Ser uma mulher bem sucedida e livre, ou não ser? Ser uma exímia leitora de poemas russos, ou não ser? Ser uma aspirante a intelectual aos dezoito, ou não ser?
Não ser uma mulher de bunda grande e redonda, ou ser? Não ser uma mulher com peitos saltando para fora do decote, ou ser? Não ser uma mulher que acha bonito gostar de música sertaneja chiclete, ou ser?
Qual vai ser a minha? Enlouqueci, ou enlouquecerei?
As vezes eu penso que a nossa essência - digo, a essência de nós, MULHERES - é formada através dos atributos que a natureza nos dá. Mulher quando é muito gostosa ganha dinheiro subornando homem quando balança a nádega direita para o lado esquerdo. Não me chame de preconceituosa, mas acontece. Na maioria dos casos. E quando não, aquela Venus, maravilhosa, com peito duro, coxa bronzeada e cabelo até a cintura (que lê Camus e curte ouvir Chopin) é chamada de mulher objeto ao usar um biquininho rosa na praia.
Acho que as mulheres como eu, além de não dotarem de um corpo escultural e sedutor, privam-se disso com medo de serem confundidas com as "Lucianas Gimenes" do nosso Brasil varonil. Sim, eu tenho medo de ser confudida com uma burra, pedaço de carne escroto.
EU NÃO SOU UM PEDAÇO DE CARNE ESCROTO.
Aí chega a problemada toda: quero sair e chamar o primeiro humano com penis - e que não seja gay - que eu enxergar na frente, leva-lo pra algum lugar e fazer com que ele entre em mim: não consigo. Porra, cara, eu não consigo. Tá vendo por que? Por que eu falo porra, uso camisa e falo do modo correto, como manda o figurino.
Não sei as musicas do Luan Santana e não curto filme de comédia americana.
Nem um homem pra me comer eu consigo.
Eles acham que eu quero intimida-los: EU NÃO QUERO. Pode só me comer e ir embora? Eu não ligo, verdadeiramente... Não ligo! Você também só está afim de uma trepada e uma ducha que eu sei... Então, por que pensar que eu quero falar de Tolstoi com você? Só por que eu sei falar de Tolstoi?
E agora, chega o outro problema: quando ele fizer o serviço e depois abrir a boca para falar comigo, vai perceber que eu sou mais inteligente que ele. É lógico que vai... Eu vou falar o português correto, pedir para ele tomar um banho, rachar a conta do motel e quando eu estiver procurando um creme de mãos na minha bolsa, vai cair um pocket de poemas do Maiakovski - que ele não vai conseguir ler o nome: ele faz parte da massa que compra livro de auto-ajuda e não sabe russo.
OU
Se quando ele terminar o serviço, eu não abrir a minha boca, deixar que ele se vista e me de um beijo apenas, não tocar no assunto sobre a conta do quarto e der meu telefone em seguida: ele vai dizer "comi uma louca lá, ela é gostosa, mas..."
Homem é um problema. Ser uma mulher "pra frentex" é um problema maior ainda. As vezes a sociedade confunde as coisas. As vezes mulheres como eu entram num conflito existencial e piram! Igualzinho eu estou pirando agora...
Nota: a ultima estrofe do poema abaixo é a descrição do meu amigo Hugo Giazzi Senhorini. E tenho dito.
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles que não fazem falta,
Verbi-gratia - o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade;

Não quero funeral comunidade,
Que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade;

Mas, quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:

''Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.''


Bocage só pra quem curte flw

terça-feira, 21 de setembro de 2010

"(...) quase me mata, e se não mata fere."
as vezes a força parece que escorre do meu corpo, pinga no chão e me faz escorregar na vida.
eu estou ficando fraca, magra de tristeza e desnutrida de amparo. não quero que as pessoas sofram com as consequencias do meu desespero, mas as vezes eu não vejo saída.
as idéias mirabolantes tomam a minha cabeça e roubam a minha razão. me deixam desprotegida e desarmada contra os golpes da vida. os golpes covardes que as pessoas causam sem querer.
desde muito tempo eu não tenho nada que me deixe significativamente feliz: eu não consigo rir e por incrível que pareça, já não consigo mais chorar.
"Não fui, na infância,
como os outros
e nunca vi como os outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar das fontes igual à deles;
e era outro o canto,
que acordava
o coração de alegria
Tudo o que amei, amei sozinho."

Edgar Allan Poe
"Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto soleneminha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente."

Maiakovski in "Dedução"

terça-feira, 7 de setembro de 2010

era como se a gente fosse análogo a um tipo de rock n' roll. aquele que é sujo, gritado, suado, clássico, sem cor. preto no branco.
nós dois somos o preto no branco. o meu amor por você é a verdade nua e crua, é aquela coisa que não faz nenhum sentido, mas que faz todo o sofrimento vir a tona quando a ausência fica marcada no cotidiano de uma alma sozinha, esperando... esperando...
é revoltante ver como nós somos um do outro. é um molde perfeito. o teu olho cabe no meu e parece me matar cada vez que me intimida. cada vez que queima a minha vista desprotegida com toda essa vermelhidão linda, que me apaixonada a cada dia mais.
eu faço da minha vida a tua se for preciso. eu não me importo em sangrar por você... eu já não me importo mais... já esgotei tudo o que eu poderia perder desde quando te vi pela primeira vez. já sabia que você seria meu e que essa batalha com a vida seria sufocante.
amo tanto que não sei mais esperar. amo tanto que não aguento mais viver sem ver. afinal "o único motivo razoável para seu sumiço seria você estar morto."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

persona1: eu sou bissexual, gosto de homem e de pau.
persona2: eu sou bissexual, gosto de mulher e de buceta.
persona1: ão ão ão, meu forte é a rima.
persona1: UAHEUAHEUAHUEHAUEA
persona2: AUUEHAUHEHAEEAUHEUHAEUA BOA
persona2: vi o bento gonçalvez no tropa de elite ontem.
persona1: que?
persona2: o bento, colega da dani.
persona2: vinho de morango.
persona1: AQUELE É O BENTO RIBEIRO.
persona1: bento gonçalvez é o da revolução farroupilha!
persona2: troquei os nomes
persona2: KEKEKEKEKEKEKEKE
persona1: KEKEKEKE, WTF?
persona2: risada escandalosa, KEKEKEKEKE

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

No Onibus:

A velha acena para o motorista pedindo que ele pare e a deixe entrar. Está com um vestido verde de flores vermelhas. Insólito. Carrega uma sacola de supermercado e um banco de metal desmontável.
- Pera aí seu motorista que eu to quesse banquinho aqui que é por causa que eles tiraro o banco aqui do ponto - respiração, recebe o troco, deixa o banco cair causando muito barulho - ô droga de banco! um minutinho só seu motorista é que o banco caiu aqui essa droga de banco caiu...
O motorista não parecia nervoso, fez um expressao com o rosto de que não havia problema. Certamente ele pensava "coitada, é velha...".
- Pronto, agora tá pronto viu. Brigado viu seu motorista. - olha pelo corredor no onibus e não enxerga nenhum lugar disponivel mais ao fundo - acho que vo sentar aqui do seu lado viu meu senhor cê me perdoa desse banco aqui é que eu não posso fica dipé nesse sol que eu até vumito. Eu passo mal e até vumito nesse sol.
- É, o sol tá quente... - responde o homen mecanicamente.
- É tá quente viu tá impossívi.
O motorista segue o trajeto e anda cerca de seis quarteirões, quando pergunta:
- A senhora já morou em sítio?
- Eu?
- É.
- Eu já morei nim sitio sim tinha que trabalha o dia intero nesse sol quente. Culpa disso que eu não consigo mais fica dipé nesse sol muito quente aí eu carrego esse banco aqui.
- A senhora já tirou leite de vaca? - o motorista pergunta em interesse algum no que a velha havia dito.
- Eu tirava leite de vaca, carpia os... - foi interrompida por uma colocação do motorista:
- No sitio as pessoa também usa um banco. Só que é amarrado na bunda, pra tirá leite da vaca.

isso é a realidade do Brasil: politico andando de jato particular e uma velha que anda carregando um banco por que não existe mais assento no ponto de onibus.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

... essa frase levou meu pensamento para longe. Aquela boca vermelha feito maça polida em barra de camisa. Ornamentada com uma cicatriz protuberante no centro - milimétricamente medida. Que me disse para ser mais tranquila e menos medrosa. Que me beijou fazendo a minha boca fina e insossa responder com alegria. Que ofegou entre meu ombro e orelha direita.
Reconstitui a situação - saudade e vontade. Revi aquelas mãos seguras e ouvi uma voz despreocupada e nada temerosa. Era o meu contrario. Eu não queria te-lo para mim. Jamais desejei possuir seu pensamento ou tornar-me sua cônjuge. Só queria que ele fosse bom para mim.
Fiz o que quis e a força na natureza me impediu de atuar mais profundamente naquele instante. Pela primeira vez agradeci aos céus por ter hormonios e não ter um Diane35 na bolsa. Certamente eu agiria como bicho: mas consciência e hormonio só as fêmeas humanas tem. Só as mulheres.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crença - Lenine

Eu só penso em você\Depois que eu penso em mim\E eu penso tanto em nós dois\Sei que é de cada um\E acho até comum\Pensar assim de nós dois\Vai que a gente pensa igual\E acho isso normal\O igual da diferença\Cada um, todo ser\Tem sua crença\Eu só penso em você\Depois eu penso em mim\E eu me confundo em nós dois\Sei quando viramos um\E aparece um\Que se mistura em nos dois\Vem não há o que pensar\Melhor achar normal\Viver a diferença\Pensa não, deixa assim\Que a vida pensa\Tanto por viver, tento não jogar\Pra baixo do tapete essa poeira\Tonto de você tento não pensar besteira\Tanto por você, para o nosso bem\Às vezes fica um com e o outro sem\Seja como for somos nós e mais ninguém\O que eu quero de você\E você quer de mim\Nós decidimos depois\Eu só penso em você\E tenho aqui pra mim\Que você pensa em nós dois.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

G. G. M.

''Naquela noite interminável, enquanto o Coronel Gerineldo Márquez evocava as suas tardes mortas no quarto de costura de Amaranta, o Coronel Aureliano Buendía arranhou durante muitas horas, tentando rompê-la, a dura casca da sua solidão. Os seus únicos momentos felizes, desde a tarde remota em que seu pai o levara para conhecer o gelo, haviam transcorrido na oficina de ourivesaria, onde passava o tempo armando peixinhos de ouro. Tivera que promover 32 guerras, e tivera que violar todos os seus pactos com a morte e fuçar como um porco na estrumeira da glória, para descobrir com quase quarenta anos de atraso os privilégios da simplicidade.''

Cem Anos de Solidão - pedacinho.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

DESABAFO: LONGO E MAL ESCRITO.

Bem, isso é constrangedor. Viver num mato sem cachorro constante, sem poder correr ou ser feliz de verdade. Tanta coisa ruim acontece e qualquer sinal de bonança parece um mar de alegrias. Não é bom, não é saudável.
Sou o tipo de gente que enfrenta as situações tentando poupar a minha dor e a dor do outro na minha frente. Não tenho medo de olhar no olho e dizer aquilo que precisa ser dito. Digo para o ser em questão e para os seres que não estão em questão: simplesmente não sou capaz de segurar mais nenhuma sentença, exceto em algumas ocasiões, para algumas pessoas. Isso é o que me preocupa. Essas pessoas de quem eu falo são as mesmas que deveriam me dar bons exemplos e resguardo nos dias escuros. Mas as vezes eu sinto nojo e repugnância das mesmas... Não é por que a vida está muito boa que devemos desafiar o acaso, brincar com a sorte. O mundo merece respeito. O serviçal merece. A puta merece. A criança merece. O mendigo e o indigente também. O MUNDO MERECE RESPEITO.
Jogar bosta no dinheiro e na integridade das pessoas não é direito. Corromper a vida de um humano em formação não é direito. Achar que a vida é boa demais não é direito. Achar que eu sou feliz demais é ilusão.
Não acredito que para sentir-se realizado e vingado seja necessário fazer coisas que eu não quero só para mostrar que eu tenho o poder na minha mão. Só faço o que quero. Nasci assim e tenho total autonomia para isso. Não sei comprar por comprar, comer por comer, amar por amar.
Não sei viver de falsas expectativas e muito menos com gente suja e hipócrita ao meu lado. É isso que eles são... Mesmo sem saber. As pessoas mudam com a convivência de outras. O luxo mata a bondade e a simplicidade. Eu gostava mais de andar com sapato de plástico e camisa de propaganda, de verdade - não mentia pra ninguém quando a minha vida era assim. Não quero ser formada e ganhar rios de dinheiro, tampouco quero amigos que me gostem somente por isso.
Eu PRECISO de uma família de verdade... Eu preciso que me escutem pelo menos uma vez. Eu sofro por isso e a cada dia percebo que não tenho a obrigação de amar quem tem o meu sangue.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cansada de procurar motivos para entender a vida, ******* calou-se e propôs a si mesma que levasse sua existência da meneira constante que já estava levando a algum tempo. Ela queria trabalhar mais e ganhar mais dinheiro, porém, não estava satisfeita com o seu trabalho. Dar aulas de inglês não fazia seu coração palpitar - ela tinha isso como profissão pois morou em NewOrleans durante algum tempo devido ao trabalho de sua mãe no consulado.
Ela não gostava de caminhar pelas ruas de Copacabana. Não gostava de sentir a presença de muita gente aglomerada e adotou a teoria de que talvez existisse muita gente ou pouca calçada ou então muita gente para pouca calçada.
Tinha loucura por suas gatas. Tinha alguns machos também, mas não eram castrados e fugiram de seu apartamento.
******* passava a maior parte do tempo sozinha. Tinha um namorado que a visitava algumas vezes por semana.
Nos momentos de solidão, pintava quadros e escrevia poemas em inglês.
A mulher garota não conseguia olhar nos olhos das pessoas. Tudo o que ela dizia era verdade e o fato de não conseguir encarar seus interlocutores cabia apenas ao medo que ela sentia. Um sentimento de medo desconhecido que não ousava explicar e nem sequer entender.
******* se auto intitulava "uma pessoa dúbia" por detestar certas coisas e mesmo assim, amar incondicionalmente outras.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

- Os amores que joguei pela janela esperando você...
- Jamais pedi que me esperasse. Dei certeza de meu caráter duvidoso e de minha vida insensata.
- Não te culpo por isso. Acho que o erro foi inteiramente de minha parte, deveria ter ouvido as pessoas que me quiseram bem.
- Concordo com você, apesar de gostar da sua presença e da sua carne.
- Você gosta da minha presença?
- Gosto da sua presença.
- ...
- Gosto da sua presença e de você, mas não tenho o mínimo controle sobre as minhas ações. Voltaria a te magoar se você me deixasse.
- Você é sádico?
- Eu não sou sádico.
- O que você é, então?
- Sou egoísta. Quero você, mas não sei querer apenas você.
- ...
- ...
- Pode voltar a noite, a porta estará aberta.
- Você me perdoou denovo?
- Sim.
- Não voltarei essa noite.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

nota: quem escreveu essa musica do Engenheiros foi o Hugo. pra mim, Engenheiros é coisa de viado.
(as pessoas me odeiam por isso)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

4 de Abril de 1958 - 7 de Julho de 1990
"meus heróis morreram de overdose. meus inimigos estão no poder. IDEOLOGIA, EU QUERO UMA PRA VIVER!"

terça-feira, 6 de julho de 2010

QUE PAIS É ESSE?

Difícil não se lembrar do título da canção de Renato Russo, cantada pela sua banda Legião Urbana, ao ler a coluna da competente Mônica Bergamo no último domingo. Antes de seguir em frente, digo logo que não sou nenhum comunista. Considero o capitalismo, dentro das circunstâncias atuais, o modelo mais apropriado para garantir o crescimento da economia mundial, com seu estímulo à competitividade e à lucratividade. Não é um modelo perfeito, mas funciona com todas as suas imperfeições. Entre elas, a principal, em minha opinião, é não ter eliminado ou reduzido a contento o fosso entre ricos e pobres.

Bem, voltando ao início, é exatamente por isso que, ao ler a coluna de Mônica Bergamo, bateu o mesmo questionamento de Renato Russo. Impossível, na minha opinião, ler o "Guia da Pechincha" e não perguntar "que país é esse?". Está lá impresso, no caderno Ilustrada da Folha, que foi aberta a temporada de liquidações das grifes internacionais e clientes saíram correndo para comprar casacos por R$ 28 mil, vestidos por R$ 16 mil e botas por R$ 3.000. E, segundo registra a jornalista, a turma do andar de cima, como diz Elio Gaspari, achou tudo barato, avaliou que "o preço tava ótimo!".

A coluna de Bergamo revela o mundo da pechincha das grifes internacionais, de como o andar de cima consome o seu dinheirinho. Tudo bem, eles têm direito de gastar sua grana do jeito que quiserem, ainda mais se foi ganho honestamente. Ninguém tem nada com isso. Cada um faz o que quiser com o que é seu. Não vou nem entrar em comparações sobre quantas famílias poderiam receber o benefício do Bolsa Família com o casaco de R$ 28 mil adquirido na liquidação. Gostaria, sinceramente, é que a turma que governa esse país parasse para meditar um pouquinho sobre essas cenas de realismo fantástico relatadas no "Guia da Pechincha". Principalmente os políticos, como Serra e Dilma, que, neste ano eleitoral, estão disputando a sucessão do presidente Lula.

Sabe por quê? Primeiro, porque, proporcionalmente, o rico paga muito menos imposto do que as classes média e baixa desse país chamado Brasil. A baixa não paga impostos diretamente, mas sofre com a tributação indireta embutida nos produtos que consome. A média é tributada diretamente pelo Leão da Receita Federal e não tem como fugir da mordida. Quando tenta, corre o risco de cair na famosa malha fina. Já a classe alta, a verdadeiramente rica, tem fórmulas e fórmulas de fugir da tributação. As famosas brechas tributárias, ou elisão fiscal, no jargão fiscal. Assim, essa classe deixa de contribuir como deveria para os cofres públicos.

Enquanto isso, ela desfila pelas liquidações de grifes internacionais, torrando até R$ 200 mil em casacos de pele, de couro e outras peças por cabeça. Isso mesmo, uma única pessoa torrou essa grana na liquidação. Repetindo, se o dinheiro é dela, o que eu tenho com isso? Ela tem o direito de fazer da sua grana o que bem entender. Só que, quem governa esse país, deveria dar uma olhada mais atenta sobre essa turma. Checar se realmente está pagando impostos equivalentes ao seu poder de compra. Com certeza, vão descobrir que muitos não estão. Posso estar errado, mas a pessoa que comprou uma única peça de grife internacional por R$ 35 mil pode muito bem não ter contribuído para a Receita tanto quanto um assalariado de classe média. O triste da história é que, se esse grupo pagasse na mesma proporção que os demais, o tal fosso entre ricos e pobres poderia ser menor.

Aí vem o segundo ponto que os candidatos deveriam observar. Enquanto alguns poucos têm mais do que o suficiente para torrar sua grana em grifes internacionais, a maioria sobrevive com baixos salários. Esse fosso entre classes é o retrato da nossa desigualdade de renda, que está entre as maiores do mundo. Isso mesmo, continua sendo uma das maiores do mundo. E trabalhar para reduzi-la não significa ir contra o sistema em vigor. Pelo contrário. A experiência mostra, inclusive, que a economia melhora quanto mais renda for distribuída.

O detalhe dessa questão é que ninguém se mostra muito disposto a mexer com esse pessoal da classe alta. Principalmente quando se chega ao poder e com ele começa a conviver.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/valdocruz/762301-que-pais-e-esse.shtml

quinta-feira, 1 de julho de 2010

HUGO E A MÃE DELE (puta que pariu, dispensa descrições)


SONETO - CHICO BUARQUE

Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio


(um dos poemas mais lindos que eu já li)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

não

presença.

não



presença.




vazio.




vazio.


vazio.



vazio.
finalmente o meu companheiro de blog, Hugo Giazzi, resolveu fazer alguma coisa nessa bosta. até então eu carregava isso nas costas.
"O amor é feio
Tem cara de vício
Anda pela estrada
Não tem compromisso

O amor é isso
Tem cara de bicho
Por deixar meu bem
Jogado no lixo

O amor é sujo
Tem cheiro de mijo
Ele mete medo
Vou lhe tirar disso

O amor é lindo...

O amor é lindo
Faz o impossíve
O amor é graça
Ele dá e passa

O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre"

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"O show era no Rock in Rio, um festival de dez dias com Queen, Rod Stewart, AC/DC e Yes. Um milhão e meio de pessoas compraram ingressos. Mas eu fiquei desapontado com o lugar. Tinha esperado ver a Garota de Ipanema em cada esquina, mas não vi nenhuma. Havia só um monte de crianças pobres correndo pelo lugar como ratos. As pessoas eram ou absurdamente ricas ou viviam nas ruas --parecia não haver nada no meio." - Ozzy Osbourne
(Em janeiro de 1985, no Rock in Rio)


http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/752891-leia-trechos-da-biografia-do-ozzy-osbourne.shtml

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Don't tell me to stop
Tell the rain not to drop
Tell the wind not to blow
Cause you said so


Tell the sun not to shine
Not to get up this time, no, no
Let it fall by the way
But don't leave me where I lay down


Tell me love isn't true
It's just something that we do
Tell me everything I'm not
But please don't tell me to stop


Tell the leaves not to turn
But don't ever tell me I'll learn, no, no
Take the black off a crow
But don't tell me I have to go


Tell the bed not to lay
Like the open mouth of a grave, yeah
Not to stare up at me
Like a calf down on its knees


Tell me love isn't true
It's just something that we do
Tell me everything I'm not
But please don't tell me to stop"
é uma imagem de Deus na terra
uma figura para olhar e amedrontar-se
de uma pureza que some
com toda leveza que vai indo, vai indo...

a vida perde o sabor da aventura
por melhor que esteja, está fria e dura.
um brilho luzente hoje é sombra
que lembra passado, tragédia e miséria.

qualquer sinal de clareza garante sorriso
maravilha incessavel e inalcançavel.
estando num beco ilustrado por estrelas negras
qualquer fio de luz é paz constante.

fim da linha marcada por pegadas
que ficaram leves, expostas a qualquer vento
cruel, forte, malvado, impiedoso
de uma leveza que vai indo, vai indo...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ DE SOUSA SARAMAGO

16 de Novembro de 1922 — 18 de Junho de 2010


"Para temperamentos nostálgicos, em geral quebradiços, pouco flexíveis, viver sozinho é um duríssimo castigo."

"É preciso variar: se não tivermos cuidado a vida torna-se rapidamente previsível, monótona, uma seca."

"Há situações na vida em que já tanto nos dá perder por dez como perder por cem, o que queremos é conhecer rapidamente a última soma do desastre, para depois, se tal for possível, não voltarmos a pensar mais no assunto."

"O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas..."

"As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"querida filha

o papai fugiu para a Índia com uma prostituta colombiana. vendi a casa e deixei 500 reais para você pagar a mensalidade do cursinho no mês que vem. também deixei uma indicação na padaria do Robson para você ser garçonete e conseguir terminar seus estudos.
seu irmão agora tem uma banda de gente colorida e foi morar com o namorado dele no Rio de Janeiro.
vendi so cachorros - inclusive a nicole - para uma empresa chinesa que processa carne canina afim de ter mais dinheiro, já que decidir ter mais filhos com a Consuelo.
sua mãe mandou dizer para você não esquece-la naquela clínica de reabilitação para dependentes químicos.
não sei como será a sua vida a partir de agora. queria te dar alguma coisa para ajudar o sustento do seu filho que virá a nascer. 17 anos e grávida do Valdão Pedreira... como a vida muda, né?
infelizmente só posso desejar boa sorte.

ass: Papai."

ok, as coisas poderiam estar piores.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

eu não espero mais a vida passar pensando em grandes aspirações futuras.
percebi que a vida é uma obra de schopenhauer e que só faz sentido quando entendemos que "a vida é um pêndulo que oscila entre o desejo, a vontade e o tédio". torno a dizer, "a vida é um pêndulo que oscila entre o desejo, a vontade e o tédio".
hoje eu estou amargamente frustrada, dilacerada por sentimentos que correm a flor da pele e dignamente triste.
amanhã ou depois, estarei feliz por algum motivo. talvez uma vitoria alcançada...
dias após a felicidade, encontrarei a angustia novamente. terei uma luta violenta e cheia de sangue contra ela. vencerei, e como premio, terei a felicidade novamente na palma da minha mão.
algum tempo depois, a mesma escorregará sem que eu perceba e partirá sem deixar carta de despedida. é quando a tristeza virá me visitar.
e assim, sucessivamente.

parei de acreditar na vida e nas coisas boas que ela pode me trazer um dia.
parei de acreditar nas pessoas e em suas lamurias. todas justas - ou, pelo menos, justificáveis.
"o sentido da vida é a total ausência de sentido".

observarei tudo de longe, com movimentos hermeticos e discretos.

viverei a cada dia tentando mudar o mundo ao meu redor, pois não consigo fechar os olhos e cair num isolamento egoísta. vejo além do que as pessoas precisam e isso não é pretenção ou arrogância de minha parte.
sou digna de amor, pois sou amável. precise de mim e te darei minha mão e meus ouvidos.
não aproveite da minha bondade, pois em mim há muito amor.

não tentarei ser perfeita, pois "perfeição demais me agita os instintos. quem se diz muito perfeito, na certa encontrou um jeito insosso para não ser de carne e osso!", mas tentarei encontrar motivações para a vida.
viverei no caos da depressão quando preciso for e no doce da alegria quando puder.
jamais tentarei dar sentido a vida.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

olhei para as ruas vazias da minha cidade e senti um aconchego jamais sentido. por incrível que pareça, quando eu olhei ao meu redor, tive a sensação de ser parte daquele lugar.
andei por um quarteirão até uma mercearia aqui perto. comprei um quilo de macarrão para fazer sopa de feijão e voltei andando de cabeça para baixo, olhando a minha calça de brim batendo no meu chinelo branco. era um dia frio, e além da calça eu usava um moletom cinza.
cumprimentei dois senhores que, sentados, contavam causos. um deles tinha um cachorro deitado aos seus pés e o outro usava chapéu. eu não conheço aqueles senhores, mas sempre os vejo sentados no mesmo lugar, com o mesmo chapéu e o mesmo cachorro.
ao virar uma esquina, senti uma pedra perfurar meu pé direito. de imediato pensei em chorar. eu odeio sentir dor, ainda mais quando esta é seguida de sangue. fui mancando até o portão da minha casa, e antes de tocar a campainha para que minha avó me atendesse resolvi olhar meu pé: não havia sangue, mas havia muita dor. então, toquei a campainha. minha avó custou a atender e tudo o que ouvia-se eram latidos de dois poodles que ficam no meu quintal. babie e nino.
toquei denovo temendo que os latidos pudessem ter abafado o som do aparelho. foi quando eu ouvi minha avó gritar "espera um pouco!", e nesse momento, ciente de que passaria rápidos dois minutos em frente a minha casa, olhei para o céu. desci a vista um pouco e vi vários prédios. vi algumas árvores, coqueiros... senti que tudo aquilo era meu e lembrei-me de coisas que fiz naquele pequeno centro comercial de Catanduva.
vi a cena de amigas em um apartamento (eu, jéssica, manuela e monica). vi a cena de dois irmãos nadando na piscina do clube de tenis (eu e arthur). vi a cena de uma menina comprando uma boneca barbie para ganhar no natal (eu, minha avó, meu irmão e minha mãe). vi a cena de uma classe de oitava série na missa de formatura (a minha oitava série).
percebi que não odeio integralmente essa cidade. prefiro lugares onde o fluxo de pessoas é maior, mas acho que não reclamarei com tanta frequência daqui por diante.
minha avó abiru o portão afobada e disse "obrigada, filha. coloco batata na sopa?"
"sim, vó. pode por..."

quinta-feira, 27 de maio de 2010

R.I.P. Paul Gray ♥

eu ainda não tinha caído na real sobre a morte do Paul. acabei de ver uma coletiva de imprensa com os caras do Slipknot, e percebi que tudo isso é real.
só ontem a noite eu comecei a digerir o que tinha acontecido... e agora, eu vejo a dor dos amigos daquela pessoa, a dor dos familiares, da esposa... vejo a minha tristeza em saber que jamais verei ele num palco... fico triste por não ter tido a oportunidade de presenciar um show :(
não me arrependo, pois meus pais nunca me deixariam ir a um show do Slipknot aos 13/14 anos de idade... não culpo a eles por isso, por que eu sempre pensei "oportunidades não faltarão"... mas agora... agora eu não posso mais ver o Slipknt por completo, não será mais o Slipknt completo, vai faltar um pedaço importante :(((
Slipknot foi a primeira banda que me fez viajar, pirar, gritar... a primeira banda que eu conheci sozinha, sem influencia do meu pai... tiveram um papel fundamental na minha vida: me acolheram quando eu estava numa fase difícil :(
pode parecer piegas, mas é a verdade. eu ouvia as musicas e podia sentir minha tristeza vazando pelas letras... é de fato uma banda acolhedora...
me sinto assim, e aposto que todos os fãs também se sentem.
sentiremos a falta do Paul como sentiríamos de qualquer outro integrante. o triste é pensar que isso é real... definitivamente, a vida dói...
:(

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PAUL GRAY

ou Paul Dedrick Gray
Los Angeles, Califórnia, 8 de Abril de 1972 - 24 de Maio de 2010, Des Moines, Iowa

porra, meu :(

Berro

é intenção da intervenção
é a pedra que atropela o caminho
é o fio no meio do meio
é a agua corrente em corrente.

procrastina
o mundo
procrastina
a vida
procrastina
tudo.

é o alcool que some o cerebro
é a droga que rouba a mente
é a tristeza que encolhe o orgão
é a gula que engole a terra

procrastina
tudo
procrastina
o mundo
procrastina
a vida.

é a gente que apanha e não sente
é a menina que aceita descrente
é o homem que cumpre e não ganha
é o cão que late e arranha.

procrastina
a vida
procrastina
tudo
procrastina
o mundo.

procastina a vida
procrastina o mundo
procrastina tudo.

procrastina o mundo
procrastina tudo
procrastina a vida.

procrastina tudo
procrastina a vida
procrastina o mundo.

domingo, 23 de maio de 2010

A minha geração doente

não há lira que explique a doença
não há gente que jogue como pensa.
sentando e trazendo ventos de solidão
tensão, horror, morte, dor.

a minha geração doente hoje está viva
está vagando, vagando...
a minha geração doente, hoje está olhando
prestando contas ao futuro não promissor.

estamos vagando, olhando, esperando
esperando, esperando...
a vontade da minha geração doente.

a vida anda passando e o seu cheiro eu já nem sinto
a vida anda tremendo, a vida anda punindo...
a minha geração doente, doente...

sábado, 22 de maio de 2010

"São Paulo, 05:03 da manhã, sinto a ferrugem.
O telefone continua calado. Chego em casa, tomo o meu whisky e alimento mais a minha solidão. O gosto amargo insiste em permanecer no meu corpo. Corpo. Corpo. Está nu. Gelado com o peito ardendo, gritando por socorro, prestes a cair do décimo quarto andar. A sacada é curta, o grito é inevitável.
Eu vou acordar o vizinho, eu vou riscar os corpos, eu vou te telefonar e dizer que eu só preciso dormir."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

RONNIE JAMES DIO

ou, Ronald James Padavona.
10 de Julho de 1942 - 16 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

uma vez acostumada com o "bom da vida" nunca mais quis largar aquilo que me dava animo. "o que me alimenta, me destroi", porém.
não foi querendo que decidi sentir emoções ao extremo. não foi lutando que consegui o que tenho hoje, pois eu não tenho nada.
eu nunca me proponho a fazer coisas e agradar pessoas. eu não quero contato muito próximo com o mundo, afinal, a maioria do mundo não me interessa. não consigo entender as pessoas, e do mesmo modo, acredito que elas não me entendem. é tanta gente...
tenho magoas, mas essas passam repentinamente. são instantes a priori eternos, que passam antes que eu pisque meus olhos. eu sei superar a vida muito rapidamente, só não sei superar as pessoas que fazem parte dela.
não há motivo para fazerem o que fazem. quem pensam ser esses seres? ninguém tem o direito de interferir na minha vida, de mal dizer meus atos e de destruir minhas esperanças. o que me entristece é: odeio as pessoas que fazem isso, não ligo para elas, não quero que sejam minha amigas, nem inimigas: mas elas afetam a minha vida diante de pessoas amadas!
as pessoas que eu amo me importam! eu não quero um relacionamento bom com as garotas do meu cursinho, nem com a moça da loterica; eu quero viver em paz com quem gosta de mim, e com quem eu aprecio.
enquanto isso eu me perco em devaneios, fantasiando a realidade que deveria ser minha e contando os segundos para que esse inferno paupavel acabe.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"É só você lavar o rosto e deixar que a água suja leve longe do seu corpo o infeliz passado."

sábado, 8 de maio de 2010

a melhor música do mundo

buddy, you're a boy. make a big noise playing in the street.
gonna be a big man someday.
you got mud on your face.
you big disgrace.
kickin' your can all over the place

We Will, We Will Rock You!

buddy, you're a young man. hard man. shouting in the street.
gonna take on the world someday.
you got blood on your face.
you big disgrace.
wavin' your banner all over the place

We Will, We Will Rock You!

buddy, you're an old man, poor man. pleading with your eyes.
gonna make you some peace, some day.
you got mud on your face.
you big disgrace.
somebody better put you back into your place.

We Will, We Will Rock You!


H.G.S.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

um dia que passa lentamente,
uma mente que não sente,
teu olho gravado e oculto,
a dor de uma intriga.

reflexo de um percalço onírico,
a vida que passa e mata.
a tristeza que corrói,
o amor que não dói.

teu mundo que some e segue,
a onipresença do ser voraz.
uma loucura eloquente,
a sensatez que é descrente.

e quando tudo acontecer,
a aurora do dia amanhecer,
não restara esperança nem lembrança
sobrarão apenas os gatos nos telhados.

falta de vida, falta de amor.
amores não lapidados,
jóia jogadas aos ventos.
gritos sedentos de fome...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

IRON MAN 2


"Não me faça nenhum favor. Não espere nada de mim. Não me fale seja o que for. Sinto muito que seja assim.
Como se fizesse diferença o que você acha ruim.
Como se eu tivesse prometido alguma coisa pra você.
Eu nunca disse que faria o que é direito.
Não se conserta o que já nasce com defeito.

(...)
Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva. Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor...
Nada sairia do lugar que já estava, não seria nada diferente do que sou."

domingo, 2 de maio de 2010

again.

Eu juro que gastei uns 10 minutos tentando criar um título, mas desisti. Então fica assim:


Eu já cansei, mas eu aceito. Aceito a luta, eu concordo com esse abate.

Prefiro brigar com todas as minhas razões e todos os meus espíritos, mesmo sabendo que não é possível vencer no fim, do que mascarar os meus problemas e mergulhar meu rosto numa poça de salvação momentânea como muita gente consegue fazer.
Eu poderia encher minhas veias de ilusão, e me matar lentamente, pra aliviar toda essa dor por quanto tempo eu pudesse. Por quanto meu corpo aguentasse.
Como MUITA gente consegue fazer.

Eu prefiro apanhar de rosto sóbrio. Aceito brigar até não sobrar mais nada de mim.
Prefiro passar realmente por tudo isso, do que viver como quem gargalha do mundo com bafo de álcool, se matando devagar. A cara rosa e gorda, cheia de ilusão.
Posso parecer muito pior do que muita gente, mas meus problemas são todos encarados de frente.

E eu também sei que meus momentos bons, mesmo que poucos, são totalmente verdadeiros.


Hugo Giazzi Senhorini. Sim, de novo.

sábado, 1 de maio de 2010

auto-descrição, talvez.

''Sou a inocência e o medo infantil dos olhos azuis. Sou uma família grande de cidade pequena.
Mil novecentos e noventa e um.
Sou aquele desenho engraçado que a gota da chuva faz quando tromba no chão. Sou uma infância de um século.
Me dá um abraço, mãe.
Rita,
Raul,
Rock and Roll.
Artes, cenas, desenhos, músicas. Eu sou o som seco e rasgado do violoncelo de Eicca em ''Enter Sandman''.
Eu sou uma explosão. De dúvidas, de mentiras, de fantasias, de verdades cruéis, de raiva, de amor e de pouquíssima experiência com essa tal de vida.
Eu sou cada frustração, cada perda e separação.
Saudade.
Nostalgia.
Amizade. Eu sou Son House.
[just bear this in mind,
a true friend is hard to find,]
Sou minhas legiões.
Sou minha dúvida e escuridão.
O Jardim enevoado das minhas memórias.''

Hugo Giazzi Senhorini

quarta-feira, 28 de abril de 2010

me impressiona saber que as palavras que digo e escrevo causam efeitos gigantescos tão longe de mim. é impressionante saber, que uma pessoa que mora a quilometros e quilometros de distancia é capaz de me tirar o sono. sem transar, sem conversar, sem tocar, sem olhar. me parece mesmo um teste: será que somos capazes de amar sem contato físico algum? não digo que isso seja amor. um dia pode ter sido, mas hoje a questão resume-se a desejo.

sexual não. não resume-se a desejo. resume-se a uma vontade de trocar experiências. de mostrar algo novo, e receber algo novo em troca. não há mais amor, não há mais desejo. há uma experiênciaincrível. chega a assustar. é a coisa mais sexual que me aconteceu. mais sexual no sentido de integração de ideias. isso sim, pois não acredito que a essência da experiência sexual seja somente uma cona atrás de caño. tem palavras... ah, as palavras... essas causam um frio na barriga delicioso. é bom sentir loucuras e vontades através de palavras.

as vezes fico assustada por pensar: será que preciso mesmo tirar a roupa e deixar alguém subir em cima de mim? é tão gostoso a essência das palavras... é tão bom... é tão suave. erótico.

é quando lembro que além de tudo isso existe uma realidade. que é a realidade real - a paralela quem criou fui eu. porém, a paralela é boa. a fantasia é boa. o desprendimento das coisas usuais é exatamente pornográfico, instigante.

não, isso não é uma declaração de amor para um único ser. sinto-me assim com varias pessoas. pessoas de quem lembro, homens com os quais converso, homens com os quais apenas olho... homens inacessíveis. num dado encontro de mim comigo mesma, acerto o pulo e me pego sonhando, voando longe... essa capacidade me espanta. será que preciso mesmo tirar a roupa e deixar alguém subir em cima de mim?

terça-feira, 27 de abril de 2010

GISELE + VOGUE KOREA



ALESSANDRA EM TREINAMENTO PARA A ELLE FRANCESA



DANILO É FODA, AHEUEHAHUEUHEHEAAUHEUEH

"Quando chegou tão diferente
Não foi capaz de encontrar uma verdade
Por nua e crua que fosse, se ela sumisse hermeticamente
Ele jamais encontraria o prazer, sinestezicamente

Caminhavam pela cidade alternando os passos
Nem chuva, nem frio, nem interesse
Ele olhava as novas lindas
Ela pensava em novos mundos

Sem mudar repentinamente
O ponto alto da noite era devassamente mundano
Mundanamente devasso
Êxtase e suor resumiam-se: beijo na testa

Não se foi capaz de encontrar um corpo ágil
Não se foi capaz de encontrar uma verdade, covarde
Não havia motivação para a frieza do gesto
Não havia fio de luz na sombra púrpura

E por isso viveram de realidades e mentiras
A mão no ombro, a unha no rosto, a garrafa quebrada
O sabor na mente simples... suportar e controlar
Seguiram até o fim sem necessidade de reparar"

domingo, 25 de abril de 2010

"Está acabando o amor/Você ainda não veio/Não disse, não ligou/Se vem viver comigo/Se me quer como amiga/Se não quer mais me ver/Você vai me esquecer/Você vai me fazer padecer/Está acabando o amor/Você já não me pertence/Eu vejo por aí/Você não está comigo/Nessa nossa disputa/Nesse seu jeito bom/Eu não quero saber/Você vai desdenhar/E vai sofrer/Você vai me destruir/Como uma faca cortando as etapas/Furando ao redor/Me indignando, me enchendo de tédio/Roubando o meu ar/Me deixa só e depois não consegue/Não me satisfaz"

domingo, 18 de abril de 2010

ESTILISTAS ANIMADOS






por ordem: Marc GOD Jacobs, John Galliano, Donatella Versace, Karl Lagerfeld, Jean Paul Gaultier e Dolce&Gabbana



"Bem que se quis depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida? O que a gente não faz por amor?
Mas tanto faz, já me esqueci de te esquecer..."

"Depois de pensar um pouco, ela viu que não havia mais motivo e nem razão, e pode perdoa-lo.
É fácil culpar os outros, mas a vida não precisa de juízes e a questão é sermos razoáveis.
E por isso voltou por que sempre o amou, mesmo levando a dor daquela magoa."
as vezes eu me acho tão hipócrita. na verdade, não sei se hipocrisia é a palavra certa, mas a questão é que eu sempre digo que as pessoas devem deixar as coisas acontecerem conforme as vontades que acabam vindo. mas eu faço tudo errado... mesmo quando quero fazer o certo, ou fazer o melhor para mim.
é um duelo constante entre eu, ele e a minha consciência. a vida me atirou frente a uma bifurcação que me deixou muito intrigada... é uma vontade permanente de um lado, um amor tão grande... e do outro, são todos aqueles contras pelos quais eu já me machuquei bastante... fico pensando se vale a pena insistir num erro. mas depois eu sempre penso se isso é realmente um erro...
"EU SEI, É UM DOCE TE AMAR. O AMARGO É QUERER-TE PRA MIM!
Do que eu preciso é lembrar, me ver, antes de te ter e de ser teu... O que eu queria, o que eu fazia, o que mais? Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o que? Não sei mais..."

ps: e isso é uma loucura. e com isso eu não posso mais.

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Charme é conseguir uma resposta positiva mesmo antes de se elaborar uma pergunta."

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ANDY WARHOL - MR. AMERICA.


Estação Pinacoteca, 03/04/10.
é, eu quase morri.
(não imaginava que o Mao fosse tão grande!)

sábado, 27 de março de 2010

O SIMULADO

O simulado pré vestibular é uma coisa maldita e odiosa. Hoje que quase entrei em choque mental (se isso for possível) por que eram duas da tarde, de um sábado maravilhoso e nublado. Momento que eu DEVERIA estar em casa assistindo novamente ao meu filme preferido (Kill Bill) ou então lendo um livro que se tratava das "aventuras" do Dr. Hannibal Lecter. Mas pelo contrario: o destino adora me COMER POR TRÁS, E SEM A MINHA PERMISSÃO - O QUE ME DEIXA FURIOSISSIMA!
E então, lá estava eu, respondendo a 85 questões amaldiçoadas e desnecessárias. Tudo para provar que eu sou mais inteligente que os outros.
Pena que essa experiência não provou nada, pois não-esforçada que sou, fui a primeira a sair da sala com um resultado de prova deplorável.

Obrigada por tudo, querido.

segunda-feira, 8 de março de 2010

eu sei, você sabe.
será um ciclo novamente.
primeiro a excitação, depois o amor
mais tarde, chega a quase morte.
usamos das mesmas armas.
sadismo puro.
sadismo puro.

maus tratos daqui, palavras dali.
tudo que é bom não deveria ser feito.
pelo nosso bem e saúde espero que paremos agora.
pelo nosso bem e saúde, espero admitirmos
que a nossa chance já foi dada.
8 de março, nosso dia.
parabéns a todas nós, o sexo forte.
"Moço, maltratar não é direito
Essa mágoa no meu peito
Você sabe de onde vem
Isso é desamor
E não tem jeito
Um amor quando desfeito
Sempre faz alguém chorar

Eu chorei de saudade
Tá doendo

E lá vem você querendo
Outra vez me maltratar..."

quarta-feira, 3 de março de 2010

O CURSINHO

a situação que eu mais temia até o ano passado me ocorreu. provavelmente de tanto eu dizer que seria "a pior coisa do mundo", e que "eu morreria se tivesse que fazer um ano de cursinho". de fato, estou quase morrendo, botando o pé na cova, desfalecendo.
nunca imaginei que essa maldição de "cursinho pré-vestibular" pudesse ser tão desagradavel. não me arrependo de não ter estudado mais no meu terceiro ano, pois só não consegui entrar para a turma de jornalismo da faculdade casper libero por uma ironia do destino. deveria ter lido as noticias do primeiro semestre (casper me fodeu).

comecei o ano com a ideia de que matemática e física serão nulas nas minhas aulas. enquanto os professores explicam aquele bando de merda, eu posso dormir, ouvir musica, ou na melhor das hipóteses, ler um livro. com certeza isso garantirá uma boa redação no meu vestibular.
fiz uma escolha há dois anos atrás, e ainda não mudei de ideia: sei a faculdade e o curso que quero, e com certeza estou me empenhando para obter sucesso. farei o vestibular mais sensato desse pais, e estou otimista em relação ao meu provável ingresso na faculdade no ano de 2011.

nunca fui de fazer as coisas por obrigação: odeio as matérias exatas, não quero aprende-las e o "destino" me ouviu: esse tipo de besteira não será colocada a prova no fim de ano. não terei que esquentar a cabeça com esse tipo de coisa que me causa náuseas. sinto que sou uma pessoa de sorte.

faço tudo o que quero, e tudo que faço é por que quero.


não tenho arrependimentos, nem consiencia pesada.


tenho uma certeza: estou detestando o cursinho, e queria estar na faculdade esse ano.
outra certeza: tenho tremores nas mão e pernas só de pensar em não passar novamente. acho que eu morreria. mas o meu esforço será na medida certa. não faço nada além daquilo que precisa ser feito.