sábado, 30 de maio de 2009

"Não vejo mais você faz tanto tempo. Que vontade que eu sinto de olhar em seus olhos, ganhar seus abraços, é verdade, eu não minto. E nesse desespero em que me vejo, já cheguei a tal ponto de me trocar diversas vezes por você, só pra ver se te encontro."

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...


- Ismalia, de Alphonsus de Guimarães.

"Eles saíram do barulho, fecharam o carro e seguiram. Estacionou, apagou os faróis. Subiram. Ela sentou-se, ajeitou o vestido, e olhou nos olhos. Ele com a garrafa na mão sorriu. Ela disse:
- Vou ao banheiro.
Foi. Voltou. Pegou a taça.
Sentaram-se no sofá branco. Ele contou causos que aquela menina-mulher luzia ao ouvir. Ela sorria muito, dizia fatos incríveis de maneira poética. Entre taças e goles de vinhos chilenos, eles sorriam. A louca vontade de qualquer contato tonava-se mais e mais intensa.
- Olhe - ele disse, - você bem sabe que eu gosto de mulheres como você.
- Como eu? Não entendo...
- Você gosta de ser elogiada. E tem razão. Sábia, linda e loura.
Eles sorriram.
Ela arrepiou-se. Volupida.
As mãos claras dele passavam pelos botões dela. As mãos dela entravam nas dele. Abriu os botões. Mais uma garrafa. Tempo. Desfez-se das roupas. As mãos encontraram-se nos seios fartos. A chuva caia.
Outra garrafa."

quarta-feira, 27 de maio de 2009

de um eterno apaixonado, para o uso de uma eterna apaixonada:

"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham a você
Assim como o oceano, só é belo com o luar
Assim como a canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta só, é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você"

- Vinicius de Moraes.
tava afim de "descer a lenha" em alguém ou alguma coisa hoje. acho que um alvo bom para a minha critica maldosa seria eu mesma. tudo bem, eu posso até me poupar do meu próprio veneno, mas eu adoro criticar e falar mal. sou ótima, engraçada, e boa demais. mas não sou transparente. aliás, não sou GENUINAMENTE transparente. as pessoas pensam que sou (pobres superficiais). a minha ironia faz com que eu possa vomitar tudo o que eu penso sobre todos. mas se não fosse essa minha "válvula de escape", jamais faria isso, e, consequentemente, arruinaria o meu intimo pensando várias merdas sobre o mundo. admito, não valho nem a metade do que pensam. não correspondo a expectativas, e sou imprevisível. nunca pense que pode contar com um "sim" vindo da minha boca, nem eu mesma sei quando isso pode acontecer.
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud. E o Eduardo gostava de novela, e jogava futebol-de-botão com seu avô... Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação. E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema,clube, televisão..."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Me encierran los muros de todas partes. BARCELONA!
"Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer"
"Sabe de uma coisa Seu... Vou lhe jogar no meu baú, vivo e mágico com as coisas boas que tem lá. Os meus desenhos herméticos, as palavras de Da Lai Lama. Quem sabe você adora, quem sabe se transformará. Meu bauzinho de memória... Os meus livrinhos de receita... Quem sabe se sensibiliza, quem sabe se transformará."

- Baú, de Vanessa da Mata.
tema: a busca da felicidade humana.
de que interessa, isso não importa a mim ou a você. como se fizesse diferença em algum momento. ou em algum momento fará (?)

"esse pequeno e seleto grupo de pessoas age de maneira sensata e autonoma perante todos os seus atos - ou quase todos. Ao contrario da sociedade hipócrita, que vê a felicidade em objetos visualmente deslumbrantes, aprenderam a não aceitar qualquer verdade como absoluta, nem mesmo o conceito de felicidade.
Somos postos a prova todos os dias e todas as horas, um fato que mostra a impossibilidade de adquirir-mos a felicidade genuína propriamente dita. Somos reprovados pelas pessoas que nos cercam: quem mais amamos, geralmente, são as pessoas que mais nos magoam, privando-nos de obter o dom mais sublime da natureza humana: a felicidade."

domingo, 17 de maio de 2009

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.
A gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino prá lá..."
tem dias que a gente é assim.
ouvimos que tudo vai passar e vai melhorar, afinal, os passos difíceis da vida acontecem com todos. isso não me conforta, me desculpe. prefiro ouvir que só acontece comigo, pois um problema é mais fácil de se resolver do que um milhão.
(adoro palavrões, vai tomar do cu, bem no meio do seu cu.)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Amou daquela vez como se fosse a última/Beijou sua mulher como se fosse a última/E cada filho seu como se fosse o único/E atravessou a rua com seu passo tímido/Subiu a construção como se fosse máquina/Ergueu no patamar quatro paredes sólidas/Tijolo com tijolo num desenho mágico/Seus olhos embotados de cimento e lágrima/Sentou pra descansar como se fosse sábado/Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe/Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago/Dançou e gargalhou como se ouvisse música/E tropeçou no céu como se fosse um bêbado/E flutuou no ar como se fosse um pássaro/E se acabou no chão feito um pacote flácido/Agonizou no meio do passeio público/Morreu na contramão atrapalhando o tráfego/Amou daquela vez como se fosse o último/Beijou sua mulher como se fosse a única/E cada filho como se fosse o pródigo/E atravessou a rua com seu passo bêbado/Subiu a construção como se fosse sólido/Ergueu no patamar quatro paredes mágicas/Tijolo com tijolo num desenho lógico/Seus olhos embotados de cimento e tráfego/Sentou pra descansar como se fosse um príncipe/Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo/Bebeu e soluçou como se fosse máquina/Dançou e gargalhou como se fosse o próximo/E tropeçou no céu como se ouvisse música/E flutuou no ar como se fosse sábado/E se acabou no chão feito um pacote tímido/Agonizou no meio do passeio náufrago/Morreu na contramão atrapalhando o público/Amou daquela vez como se fosse máquina/Beijou sua mulher como se fosse lógico/Ergueu no patamar quatro paredes flácidas/Sentou pra descansar como se fosse um pássaro/E flutuou no ar como se fosse um príncipe/E se acabou no chão feito um pacote bêbado/Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado/Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir/A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir/Por me deixar respirar, por me deixar existir/Deus lhe paguePela cachaça de graça que a gente tem que engolir/Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir/Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair/Deus lhe pague/Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir/E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir/E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir/Deus lhe pague.

Construção, de Chico Buarque
"tristeza não tem fim, felicidade, sim"

domingo, 10 de maio de 2009

Vicky Cristina Barcelona - Behind the scenes.
Siendo esposa de tus ruidos, tu laberinto extrovertido. No he encontrado la razón por qué me duele el corazón... Barcelona!
não há nada que goste mais do que viajar e ver as montanhas a cerca da serra gelada.
nada mais do que sentir o frio da barriga que esta apaixonada.
esperando para ver o amor distante... sentindo a limpeza do corpo cheiroso.
os cabelos por entre a janela, e o ursinho de pelúcia no chão.
não há nada que eu goste mais...
nada além de um papel e um lápis afiado.
fones do ouvido e um amor viajado.

sábado, 9 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira,
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu...
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu."
Deus, Demonio, Destreza.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Poemeto Erótico
Manuel Bandeira

Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha,
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo, branco e macio,
É como um véu de noivado...
Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...
Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeja,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia da água e da chama...
A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...
Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

terça-feira, 5 de maio de 2009

PARA DE SER LINDA, !
Gisele para uma revista japonesa esse mês (esqueci o nome da revista, confesso).


05-05 - parabéns pro meu pai! ♥

domingo, 3 de maio de 2009

filme maravilhoso, intrigante, misterioso. um drama com-ple-to. adorei todas as atuações. sem duvida, o melhor filme que eu assisti em 2009 - até agora.

03/05/09, mais um paulista...
adoro nu artistico, não vulgar. (linda, tá a cara do sean penn nessa foto - eu achei)

sábado, 2 de maio de 2009

vi a fernanda young se descrevendo, e percebi que só quando botamos no papel, é que podemos notar as diferenças e observa-las depois de um tempo.

nunca fui totalmente feliz. tenho várias insatisfações em relação ao meu corpo, mas gosto da minha personalidade. sou auto suficiente em amizades, odeio gente muito próxima, pois sentem-se no direito de me magoar. amo animais, por isso, não como carne. amo viajar, mas odeio praia. já fui pro guarujá, e passei 5 dias dentro de um apartamento, dormindo de dia, e vendo filmes a noite. odeio calor, amo o frio. tenho prazer em sentir frio nos pés, e cobri-los com edredom. adoro filosofia (nietzsche, descartes e marcia tiburi). amo ler, quero escrever um livro. sonho em ser cineasta, amo stanley kubric. meu filme preferido é laranja mecânica, e depois kill bill (tarantino motherucker). odeio matemática. amo sorvete. odeio sertanejo, pagode e musica eletronica. odeio mesmo. odeio muito mesmo, não tenho compaixão por esses cantores. amo heavy metal, mas amo mpb e bossa nova também. vi a bunda do ozzy osbourne de perto. chorei quando não vi o slipknot. chorei denovo quando não vi o kiss. amo artes plásticas (romero britto, miró, escher, picasso). amo ler. adoro as poesias de: fernando pessoa, oswald de andrade, florbela espanca, bocage e gregório de matos. ri muito lendo macunaíma. meu livro preferido é dom casmurro; machado é um mestre. adoro séries de tv (dexter e nip/tuck). odeio coisas dubladas. amo mais tv do que internet. amo mais jornal do que revista. já quiz fazer faculdade de moda, e ser estilista; quiz isso dos 8 aos 16 anos. há alguns meses descobri que sou uma comunista frustrada, e decidi ser jornalista, e escritora. sou feminista; não das mais extremas, mas choco algumas pessoas. não mudaria o meu modo de ser em NADA. mas mudaria algo em meu corpo. odeio minhas pernas, e me acho gorda. tenho alguns amigos que amo muito; tenho uma amiga-irmã, a camala. sonhei com ela, noite passada. tenho um amor em segredo; não conto pra ninguém, além da may, victor e camala. coleciono cds e livros. gostaria que as pessoas não gostassem tanto de mim como gostam. tenho medo de decepcionar quem me ama.