quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cartas brancas à minha Bela Dama - Parte 1

Lembro-me de ainda menino passar pela rua Haddock Lobo e perguntar-me qual o mal cometido por aquela criatura. Jamais viria algo escabroso a tal ponto contrastando com a realidade vivida em minha casa.
Eu, como todo bom garoto burguês, imaginava-me a margem daquela situação; as vezes dava-lhe moedas, as vezes um sorriso solidário. Me apercebia de que meu pai fazia todos os esforços para poupar-me de tal atitude.
Hoje, tive algumas noticias que me fizeram pensar em qual situação seria mais humilhante. Para aquela a quem entreguei minha vida, recebi a divisão de seu corpo com um sujeito que talvez fosse mais capaz. Qual o papel mais insólito? Eu que passo pelas graças de amigos e desconhecidos, ou minha bela dama?

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