sábado, 13 de setembro de 2008

CRÔNICA DE UM DIA SEM FUDAMENTO


após acordar, olhar ao lado a sua preciosidade, de pele branca, rosto de anjo, inofensiva diante de muitos.. levou o corpo tremulo ao banheiro, saiu, viu tão dissimulada na sacada, olhando para o dia nublado.. as mãos delicadas seguravam com porte um cigarro, e sobre a mesa meramente decorativa havia uma xícara de café.
beijou-a, desejou um bom dia. conversaram, vestiram-se.
como sentiam amor, como queriam amar... nada é do jeito que se quiz, nada é planejado. não se para o mundo, não se muda rotina...
sentiam frio, o casaco branco tornava-se cinza, o olhar tornava-se.. sempre que lembravam, qual seria o fim daquele dia de domingo..
abraçavam, olhavam.. ouviam a respiração, ansiosa.
os pés beijavam, o ar beijava...
um elevador chega, eles descem.. ele vai, ele despede-se.
ela chora. eles sofrem..

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